Proteção Fatal

07

Isabella

Me sento em uma cadeira, finalmente não aguentando meus próprios pés. Ethan ficou na minha cola o evento inteiro. Olho em volta, percebendo muitos seguranças, muitos mais do que tinha antes.

— Pode me trazer um vinho? - falo, olhando para cima para ver o rosto de Ethan melhor.

Ele acena em concordância e se afasta um pouco.

— Amiga - vejo Cassie balançando a mão freneticamente, vindo até mim, e abro um sorriso.

— Parabéns - ela fala enquanto me ponho de pé.

Sinto seus braços me envolver em um pequeno abraço, que ela me aperta forte.

— Você foi perfeita, sério - Cassie diz enquanto nos voltamos a sentar. — Deixou aquela vaca da Isis no chinelo - ela comenta risonha, e eu dou de ombros.

Isis vem há mais de seis meses tentando criar rivalidade entre a gente, onde eu não vejo.

— Não seria drástico se ela morresse com um tiro? - Cassie pergunta sugestiva.

Volto minha atenção para as pessoas e depois para ela, a olhando duro.

— Cassie - eu a alerto, e ela levanta as mãos para cima.

Cassie sempre foi minha amiga. Desde que me entendo por gente, ela esteve ao meu lado e sabe sobre a verdadeira fachada da minha família.

Meu pai, Albert Castellani, lidera a máfia russa, mesmo não sendo de lá. Minha mãe é russa, filha primogênita do antigo Don. Ela foi forçada a se casar com meu pai e depois da morte dela, meu pai assumiu o lugar do Don, por ser o viúvo da máfia Castellani.

Eu não me envolvo muito nessas coisas, gosto da vida que levo, mesmo que seja tudo uma tremenda fachada, não deixa de ser a minha vida.

— Onde está o tio Albert? — Cassie pergunta, olhando em volta.

Meu pai não vem, simples assim.

Aquela porcaria da sua máfia sempre foi colocada primeiro que eu, ou seja, ele não está aqui comigo, mas está lá para seus aliados e soldados.

— Foi para a Rússia — digo simples.

— Aí, amiga, eu sinto muito, sei que esse desfile era importante para você — Cassie diz com carinho, e eu estralo a língua no céu da boca, cansada desse assunto.

— Não importa, eu nem me importo mais — falo a maior mentira que eu já disse essa noite.

É claro que me importo e muito, eu adoraria ter meu pai aqui.

Ethan finalmente volta e me entrega a taça de vinho, sem esperar muito, viro todo o líquido de uma vez.

— Acho que vou para casa — falo, me pondo de pé, e Cassie me encara por cima.

— Tudo bem, Isa, te vejo amanhã — me despeço de Cassie e pego minha bolsa em cima da mesa.

— Podemos ir — falo para o Ethan, que acena.