Capítulo 2

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     Jackson - Wyoming

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Jackson - Wyoming

2036

No dia seguinte, a morena acordou cedo como de costume. 

Ajudou Tommy a cuidar das vacas no celeiro. E essa era, sem dúvida alguma, a tarefa mais difícil que já realizou em Jackson.

Limpar o local e retirar pás e mais pás de estrume de vaca, que mais tarde seriam usados como adubo, era extremamente cansativo. Ela estava exausta.

Tommy havia pedido a ajuda da garota, depois de muitos terem se recusado a ajudá-lo. Stella concordou prontamente, feliz em poder retribuir de alguma forma tudo o que o loiro faz por ela.

"Porque ninguém ajudaria Tommy? Ele sempre faz tudo o que pode por todos nós." Pensou a garota, indignada.

E agora ela entendia o porquê.

Não estava sendo ingrata, longe disso,  já esteve em situações muito piores que essa, e não podia deixar de imaginar a quantidade de pessoas que estavam em condições que um dia ela ocupara, de extrema fome ou correndo perigo a todo momento. Por esse motivo não se dava o direito de reclamar.

Despediu-se de Tommy com um abraço apertado, e o loiro, mesmo surpreso, retribuiu o afeto da morena. Ele estava acostumando-se com o jeito caloroso de Stella.

Ao caminhar em direção a sua residência, ela passou em frente à casa do Miller mais velho.

O moreno estava em sua varanda, enquanto dedilhava lentamente o violão, os olhos fechados,  sentindo a melodia e a brisa leve acariciar seu rosto. Os dedos passavam pelas cordas de uma forma tão natural, que parecia que havia nascido para fazer aquilo.

Jones o olhava com ternura, a cena preenchia seu coração com uma paz imensurável. Com toda certeza, essa seria a lembrança mais bonita que a morena guardaria de Joel.

Indagou para si mesma se realmente deveria ir até lá e atrapalhar o seu belo momento de paz. E na verdade, ela não precisou pensar duas vezes antes de pular a cerca de madeira da casa do Miller, ignorando totalmente a existência do portãozinho ao lado.

Aproximou-se lentamente, para o pegar desprevenido.

— Você fica um gatinho tocando violão, se não fosse tão velho eu até te daria uma chance. — A morena falou encostando-se na cerca da varanda.

Ao ouvir o soar da voz de Stella preencher seus ouvidos, sorriu abertamente, antes de abrir os olhos e a encarar com a sobrancelha arqueada.

— Mesmo se você não fosse uma adolescente de dezessete anos, eu nunca iria me relacionar com você. — Deu uma pausa. Os olhos azuis da garota arregalavam-se mais a cada palavra dita. — Você fala demais. — Concluiu, a encarando com expectativa.

SERENDIPITY | Ellie WilliamsOnde histórias criam vida. Descubra agora