VIDAS EM COLISÃO

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Na segunda-feira, depois de longos dias e noites, desperta em meio a lágrimas. Zoe foi até o advogado antes de ir para o trabalho e o advogado mostrou tudo que ela deveria saber e perguntou a ela o que ela iria decidir. Seus pais eram advogados, afinal ela não tinha nem acabado o ensino médio então não sabia no que iria se formar. Seus pais eram conhecidos pelos melhores advogados do Canadá, tinham muito dinheiro e ganhavam sempre os seus casos. Saiu no noticiário a morte deles e todos ficaram chocados. Ninguém sabia da existência de Zoe ou de sua falecida irmã.

— Me diga Zoe, vai deixar a advocacia nas mãos da sua tia mesmo ? — O advogado pergunta, afinal seu pai era americano e sua família era feita de advogados e médicos

— Sim, não quero me responsabilizar pela empresa, não tenho conhecimento e muito menos quero me tornar uma advogada  — Ela explica

— Ok, assina aqui! — Ele diz e a passa o papel — E sobre os bens, seus pais deixaram basicamente tudo para você, desde a empresa, como você vai passar para sua tia, fica a casa em Vancouver, uma casa na Alemanha, uma no Brasil e oito milhões no banco, acumulando com a sua pensão e o dinheiro que seus pais guardaram para você no banco — O advogado lê os papéis — Ah, seus pais tem um presente para você, aqui — Ele deixa um envelope na mãos da menina — Abra quando chegar em casa.

— Sobre as casas, eu quero por a venda, deixe apenas o apartamento no Brasil e a casa de verão na Alemanha —  Ela diz séria — Nunca gostei de ir para essas casas e se for para mim ter algo que seja de escolha minha, pode vender as outras

— Você tem certeza? — Ele pergunta

— Sim,senhor, eu quero vendê-las e manter o dinheiro no banco — Ela diz e assina o papel.

— Ok, assim que conseguir vender, avisamos a você e seu dinheiro vai para o banco — Ele diz e anota algo no computador — muito obrigado por ter vindo, Senhorita Baker.

— Eu agradeço o senhor, sei que sempre esteve ao nosso lado, obrigada — Ela diz e cumprimenta ele — E por favor, deixe o meu paradeiro ainda como se eu nunca existisse, minha tia é a única que sabe da minha existência na família de meu pai e da minha mãe apenas a família da minha avó. De resto, esqueça de tudo. Sou apenas Zoe Farias Baker

— Como quiser senhorita — Ele concorda e ela assente — Bom, quero lhe entregar um papel a pedido de sua mãe — o advogado diz, entregando-lhe um outro papel.

Zoe o pegou em mãos e abriu ali mesmo; seus olhos se arregalaram a cada frase lida. Seu coração pulsou em confusão e surpresa, e seus olhos revelaram o resultado que a leitura do papel causou.

— Agora eu entendo por que ele me odeia tanto — ela diz, fungando e suspirando, desacreditada, enquanto engole seu choro. — Obrigada, me dê licença, preciso ir — ela diz, e o advogado concorda com um aceno.

Ela se retira do lugar e pega um táxi, dentro do táxi ela retira algo de dentro do envelope, duas chaves, uma do carro de seus pais e outra de uma casa em Vancouver, mesmo bairro em que seus amigos moram. Zoe respira fundo e guarda as coisas dentro de sua mochila. Disse o endereço para o motorista e se encaminhou para sua casa.

Após chegar, Zoe adentra a casa e decide começar a empacotar tudo. Ligou para um contato de mudanças e eles iriam no outro dia para fazer a mudança.