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Zoe se despediu de Liam e foi em direção a parada de ônibus, entrou no seu e sentou em um banco no fundo.

Ela pegou seu celular e verificou as mensagens, seus pais procurando e seus amigos esperando uma resposta. Estava cansada, estava trabalhando no kim's a noite e de dia na beira da praia no restaurante.

Ela olhou para a janela do ônibus e chorou, deixou as lágrimas escorrerem por seu rosto. Pelo menos ninguém iria perguntar o motivo.

O ônibus parou em frente a rua de sua casa e ela desceu. Caminhou até em casa e adentrou silenciosamente, mas não conseguiu não ser vista pelos pais.

- Zoe? - O homem chama ríspido e garota engole em seco antes de se virar para a sala e ir até o pai - Onde estava? - Ele perguntou mesmo sabendo a resposta

- Estava na praia passeando um pouco - Zoe diz sem olhar para ele

- Você tem coragem de mentir para mim? - Ele diz bravo - Eu acabei de falar com alguém por chamada e parece que era o seu chefe - Ele diz e ela o olha rapidamente - Não se preocupe, eu já pedi sua demissão, não quero que coloque seus pés novamente naquele lugar, está entendido ? - Ele fala e Zoe engole toda sua vontade de chorar

- Você não pode fazer isso, não se meta assim na minha vida - Ela diz magoada e cansada

- Claro que eu vou me meter na sua vida, enquanto estiver sob este teto e se alimentar às minhas custas, eu vou mandar em você. O mínimo que te peço é para não sujar meu nome com esses seus trabalhos medíocres sem uma formação. - Ele fala irritado - Estou envergonhado de você, como posso te considerar minha filha? Não estuda direito, não faz um curso para se tornar alguém na vida e ainda quer ter direito a opinar sobre si mesma? Deveria ter sido você naquele maldito acidente. - Ele solta, irritado.

- Sim, eu concordo com você, deveria ter sido eu. Sinto muito por não ter morrido naquele maldito acidente - Zoe rebate - Eu tenho o direito de opinar na minha própria vida. Vou me tornar legalmente responsável por mim mesma em alguns dias e não vou precisar de você. Nunca precisei. Tudo o que tenho é dado porque você quis. Eu não pedi nada, nem para nascer. Você, nojento, abusou da própria prima e foi obrigado a casar com ela para sustentar uma criança que nem queria nascer. Por que não me matou enquanto teve chance? - Ela grita o final, deixando o homem perplexo. - Ah, você tentou sim, mas acabou matando a filha errada - ela diz furiosa - Vocês me dão nojo - Ela diz encarando o homem nos olhos.

O tapa foi certeiro no rosto da menina que virou para o lado com a boca sangrando, devido ao tapa com o anel.
O homem segurou os cabelos dela e começou a estapear seu rosto.

- Não ouse levantar a voz para mim, sua imunda - Ele diz enquanto a batia - Você não merece nada do que tem, hoje irá para seu quarto e não sairá de lá até que eu diga que pode sair - Ele grita e a empurra no chão - AGORA! SAIA DAQUI SUA PIRRALHA INGRATA.

Zoe o olhou, seus olhos estavam cheios de água, mas ela não iria chorar na frente dele, ela correu em direção a seu quarto e se trancou. Caminhou até seu armário e ali dentro se enfiou. Chorou e chorou, até que adormeceu.

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Poucas horas depois Zoe acordou ouvindo seu celular tocar em seu bolso.

- Oi, vai vim hoje ? - Felipe pergunta assim que Zoe atende o celular

- Vou sim! Já estou a caminho - Ela diz e sai do armário.

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