você com sua camisa preta
e suas unhas de metal
me deixam em pedaços
sinto seu lábios nos meus
como uma parte do céu
segurando minhas mãos no silêncio
e chamando meu nome no escuro
suas mãos tocam meu cabelo como algo santo
chamo por você em todas as línguas
te leio como um livro
com a ponta dos dedos escorregando em cada página
te devorando por dentro como naquela música do djavan
um amor tão puro
que não sabe a força que tem
recriando cada olhar
em alguma linha perdida
dentro do quarto
e no final da folha