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Eu estava beijando alguém. Não sei quem. Não sei porque. Só... Deu vontade.

Tudo culpa da Star, eu não deveria ter aceitado aquela bebida. O que tinha naquela coisa? Não é possível que seja só Álcool.

Bem, de qualquer forma, me sinto tão mais leve...

Em quem eu estava pensando mesmo? Hum.. Não importa.

Sinto sua mãos descerem até minha bunda.

Eu não deveria gostar disso.

Mas, quem liga?

Eu estou numa festa. Tenho que me divertir.

Pelo menos eu devia estar me divertindo mais.

Sinto-me ser puxado com brutalidade, me afastando do cara que beijava.

- Ei! - Grito para a pessoa, mas paraliso ao ver quem é. Seu aperto em meu braço cada vez mais forte.

- O que caralhos está fazendo aqui? - Ele rosna e eu tento me manter indiferente. Antes que eu pudesse responder, uma voz terceira se faz presente.

- Ei! Larga ele! - O cara chama nossa atenção, seu olhar turvado. Ele se aproxima de nós, causando um leve tumulto. - Arrume outro para você, esse é meu!

Prendo o riso que está ameaçando escapar da minha boca. Tentando não me importar com os olhares se voltando para nós.

Ele apenas aperta mais meu braço e dá meia volta para sairmos. Mas isso não é muito eficaz, já que o cara me puxa pelo outro braço.

- Eu disse para largar ele. - Sua voz embriagada, demonstrando decepção e raiva, se altera.

São poucos segundos com essa expressão, quando me dou conta, ele já está no chão e com o nariz sangrando. A multidão a nossa volta faz uma exclamação conjunta e tudo que eu consigo pensar é:

Onde caralhos está a Star uma hora dessa?

Sou afastado dali o mais rápido possível. Vejo a carruagem na frente da boate e sou jogado com brutalidade dentro da mesma.

- Por que caralhos estava lá? - Ele fica por cima de mim, me encarando com uma raiva avassaladora.

- Por que eu quis. Não se faça de sonso. Você quem disse que não queria nada sério. Por que eu iria esperar mais? - Falo, no momento não sinto raiva. Apenas uma leveza com um pouco de dor.

O álcool até que é bom em situações assim.

Ele me encara, como se estivesse tentando decifrar o que fazer em seguida.

- Eu.. Não quero mais você em lugares assim. - Fala e eu dou um riso cheio de amargor.

- E desde quando você manda em mim? Não temos mais nada. Nunca tivemos nada. - Digo ainda rindo. Essa situação parecia ser tão engraçada.

- E se tivéssemos? - Questiona e eu dou de ombros.

- Provavelmente eu te agarraria agora e aceitaria suas palavras. - Falo, sem dar tanta importância.

- Me agarraria agora, hum? Isso só me faz querer ainda mais algo com você... - Seu tom se tornou malicioso de uma hora para outra e eu dei de ombros.

- Não fale besteiras, você escolheu não ter nada sério, não aja como se quisesse de uma hora para outra. - Digo com as palavras ao vento, não o encarando.

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