Um normal universitário

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Noir acordou com uma enxaqueca forte como se tivesse bebido vinte cervejas numa noite só

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Noir acordou com uma enxaqueca forte como se tivesse bebido vinte cervejas numa noite só. Levantou-se da cama e seu celular tocou o alarme das seis horas da manhã. Bebeu um copo d'água e o remédio para dor. Ao se observar no espelho sua expressão acabada, dirigiu até o banheiro e tomou um banho morno. Estava ansioso para recomeçar as aulas como um normal universitário, vestindo roupas casuais, penteando seu cabelo e pegou sua mochila, saindo do apartamento. Seu celular não parava de vibrar de tantas mensagens vindas do grupo do curso.

Andando até a estação de ônibus próxima, não demorou muito para seu ônibus ideal chegar e entra. Passando pela catraca, se senta em um dos únicos assentos vazios. Observando pela janela a paisagem do centro, conseguia sentir olhares nele. Curioso, vira seu rosto e encontra algumas jovens o encarando.

“Puta merda. . .” pensa, um pouco impaciente “Isso é desconfortável”.

Noir desbloqueia o celular e abre o aplicativo de mensagens, cerca de trezentas mensagens mandadas pelos colegas, com conversas aleatórias e besteiras. Alguns perguntam por Noir, dizendo que necessitavam dele pois tinha dificuldade nas matérias. Mas, o próprio sabe que é desculpa para as meninas ficarem próximas e rapazes o chamando para beber a noite, sendo que é impossível. Os seus colegas são amigáveis e se consideram amigos de Noir, já o mesmo não sente a mesma coisa. Para ele, são colegas e ponto.

Adentrando a sala de aula para a primeira aula, alguns colegas que haviam chegado se aproximam e cumprimentam o jovem, que sorri brilhantemente.

“Fazendo isso o tempo todo é agoniante pra caralho” pensa Noir, se sentindo um louco. As conversas e fofocas vai e vem, até o horário do intervalo iniciar, com todos saindo sala, inclusive Noir, indo para o refeitório enquanto é seguido pelos seus oito amigos. Quando compraram seus lanches, sentaram-se em uma das mesas vazias. Duas garotas se sentara cada lado dele, mas um rapaz empurra uma delas e senta ao lado de Noir.

— E aí, cara? Essa noite vai dar pra gente ir beber? — pergunta o rapaz chamado Andy, do curso de Pedagogia do quinto período.

— Por que insiste tanto? Sabe que eu trabalho e sempre estou ocupado. — Noir responde com um sorriso no rosto, dando uma leve risada, amostrando suas covinhas.

— Ah, cara, trabalha tanto e se diverte pouco! Vamos! Apenas esta noite, beleza? — outro rapaz sentado a frente diz, ajudando o outro.

— De noite não vai dar, que tal no fim de semana? Não teremos aulas extracurriculares. — Noir é persuadido, concordando. Ele dá um grande suspiro no fundo da sua alma, não fisicamente.

Todos que estavam na mesa comemoram, e disseram que iriam mandar em um outro grupo só com eles o horário e o local.

As aulas foram assistidas normalmente. Por mais que goste de estudar e do curso, Noir sente tanta dor de cabeça que poderia explodir e espalhar água de seu cérebro e o próprio órgão na sala toda. Pensando nisso, deu uma risada quase que audível, se não fosse pelos seus colegas conversando alto.

Escuridão Oculta: Dez FacesOnde histórias criam vida. Descubra agora