Acho que fiz uma amiga

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Quiron me levou até o chalé de Hermes. 

Por fora o chalé era como um chalé normal, só que com um símbolo de um cajado com duas cobras na porta.

Já por dentro, eram muitos beliches e sacos de dormir no chão. Haviam vários campistas mexendo e remexendo em coisas do chalé.

- Peço a atenção de todos, por favor.

Todos os campistas voltaram as suas atenções a Quiron, oque me deixou nervosa, já que significa que a atenção iria para mim também.

- Jovens semideuses, deem as Boas-vindas para Luna, ela chegou hoje no acampamento por acaso. Até que sua mãe divina lhe reivindique, ela ficará aqui no chalé 11. Sejam gentis com ela.

Uma garota de cabelos loiros e olhos castanhos um pouco menor que eu se aproximou.

- Olá, seja bem-vinda! Sou Luiza Smith! Mas pode me chamar só de Luiza mesmo. Prazer em te conhecer Luna. 

- Prazer.

Ela sorriu para mim, seu sorriso era radiante, parecia que o sol estava fazendo closes ao seu favor. 

Quiron se ajeitou.

- Luiza, poderia fazer a gentileza de apresentar o acampamento para Luna?

Os olhos de Luiza brilharam.

- Mas é claro que sim! Vamos Luna.

Logo que ela sai, vou indo em seguida. Ela parecia animada para me guiar neste tour. 

- Bom Luna, vamos começar pelo pavilhão de refeitório.

- Pavilhão de refeitório?

— Sim, é onde nós comemos e fazemos oferendas para nossos pais divinos.

- Oferendas? Tipo, vocês matam um animal ou algo do tipo? 

Luiza deu uma risadinha sarcástica.

- Mas é claro que não. Nós deixamos uma parte de nossa comida e queimamos no fogo. 

- E os deuses gostam disso?

- Eles gostam da fumaça que a oferenda produz, sei lá, acho que deve ser gostoso para eles. 

- Que normal.

O pavilhão de refeitório era grande, ocupava uma parte enorme do acampamento. Ele tinha 30 mesas, suponho que sejam para os 29 chalés e Quiron, pois cada mesa tem um símbolo. Apenas uma não.

- Você vai comer na mesa do chalé 11, mas se você for reclamada, vai sentar com o seu chalé.

Saímos de lá e Luiza me diz que vai me levar para conhecer os locais de treinamento. No caminho faço perguntas para ela.

- Então, Luiza. Há quanto tempo você está aqui?

Seu sorriso falha por um momento, me pergunto se deveria ter feito esta pergunta.

- Estou aqui faz 1 ano, sou uma campista que fica o ano inteiro.

- Eu acho que vou virar uma também 

Ela me dá um sorriso, mas logo vejo que é forçado, ela não está sorrindo de verdade, está com pena.

- Quiron disse que você espera sua mãe te reclamar, então você sabe quem é seu pai, não?

Quando será que o assunto meu pai virou tão recorrente? 

- Conheço meu pai, mas sinceramente, às vezes acho que não conheço, às vezes eu acho que não deveria conhecer. 

A filha de Atena Onde histórias criam vida. Descubra agora