O Guerreiro do Sol Nascente

Capítulo 1 - Ponto de Ruptura

Código de honra

Como alguém dedicado às artes marciais e tradições samurais desde a infância, vejo o código de honra como sagrado e essencial. Para mim, a verdadeira essência de um guerreiro reside na coragem, lealdade, disciplina, e, acima de tudo, na busca incessante pela justiça.

Mais do que um conjunto de regras, encaro o código de honra como um estilo de vida a ser seguido com firmeza, uma questão de integridade pessoal que molda minha reputação como guerreiro. Mesmo em momentos difíceis, busco agir com honra, pois compreendo que isso define minha identidade e meu compromisso com o código.

Reconheço que seguir o código de honra pode ser desafiador, especialmente em situações críticas onde decisões difíceis são inevitáveis. No entanto, é nessas circunstâncias que a verdadeira coragem e honra se manifestam.

As palavras de Confúcio ecoam em minha mente, recordando a importância da retidão e integridade na conduta humana. "O homem superior age antes de falar e depois fala de acordo com suas ações." enfatiza o sábio filósofo chinês, destacando a relevância de agir com honra mesmo quando não há quem veja.

Para mim, seguir o código de honra é motivo de orgulho e um respeitoso tributo às tradições samurais e aos meus antepassados. É um compromisso de vida que escolhi e que honrarei enquanto existir.

Parte 1

Eu caminhava calmamente pela trilha estreita na densa floresta em direção ao mar, sentindo o sol suave da manhã tocar meu rosto. O som dos pássaros cantando preenchia meus ouvidos enquanto eu passava pelas altas e frondosas árvores, desviando de raízes e pedras no chão. Nesse meu caminho eu já podia sentir o cheiro da maresia e o som das ondas batendo nas pedras ao longe. O sol começava a espreitar por entre as árvores, iluminando meu caminho.

A brisa fresca do oceano misturada com o cheiro de terra molhada me faz lembrar da minha infância, quando eu passava horas explorando essas mesmas matas. Hoje em dia não tenho mais tanto tempo livre para me aventurar, mas essas pequenas caminhadas matinais me mantém conectado com a minha essência.

Carregando meu arco e flecha nas costas, começo a me aproximar do mar. A cada metro, a visão da água cristalina ficava mais próxima e meu coração batia mais forte. Finalmente chego à costa rochosa e olho para o horizonte, o mar estava calmo, e um sentimento de satisfação tomou conta de mim. Agora era hora de pegar meu arco, escolher a melhor flecha e me preparar para a pesca.

Com calma, peguei a minha aljava de palha e escolho a flecha ideal para a minha próxima pescaria e a posiciono no arco. Quando finalmente sinto que é o momento certo, puxo a linha para trás, sentindo a tensão no arco aumentar à medida que a linha é esticada.

Soltei a corda do arco e a flecha voou em direção ao cardume. Acompanhei sua trajetória com os olhos e senti uma sensação de satisfação ao ver a flecha atingir o alvo com precisão. De repente, o mar à minha volta começou a se agitar, o que indicava que o cardume estava fugindo.

Eu rapidamente peguei outra flecha da minha aljava e me preparei para lançá-la novamente. Observando o mar com atenção, tentei identificar onde o cardume poderia estar se movendo. Depois de alguns minutos, notei um movimento na água e rapidamente ajustei meu arco. Dessa vez, eu sabia exatamente onde mirar.

Puxei a corda do arco para trás novamente e soltei a corda novamente, observando a flecha voar em direção ao mar. A água se agitou mais uma vez e eu sabia que tinha acertado outro peixe.

Retirei outra flecha da aljava e comecei a procurar por outros cardumes. O sol estava alto no céu e o calor começava a ficar intenso, mas eu estava tão focado na pesca que nem percebi. Eu continuei pescando por horas, pegando vários peixes e desfrutando da tranquilidade da natureza.