Hoje é o dia 25 de Junho, e falta apenas um dia até a minha execução. Sinto o peso dos dias que se passaram, a tensão aumentando a cada momento que se aproxima o momento final.
Os samurais passam pela minha cela, vigiando-me de perto, mas eu mantenho minha compostura. Através das barras da janela, posso ver o sol se pôr, tingindo o céu com tons de laranja e rosa. É um espetáculo de beleza efêmera, uma metáfora da vida que está prestes a se esgotar.
Um samurai, com sua postura imponente, entrou na cela onde eu estava. Seu olhar era sério e seus olhos penetrantes. Ele se dirigiu a mim com uma voz firme: "Você realmente não irá escrever nada em seu testamento?"
Permaneci sentado, encarando o samurai com determinação. Apesar da situação desafiadora, minha expressão era serena. Eu sabia que não tinha nada a deixar em meu testamento, pois minha missão não estava completa. Meu propósito era provar minha inocência e buscar justiça, e estava disposto a lutar até o fim.
"Não tenho nada a escrever em meu testamento, pois ainda tenho muito a fazer." Respondi com voz calma, mas firme. "Acredito em minha causa e lutarei para limpar meu nome. Seja na vida ou na morte, não vou desistir."
O samurai pareceu surpreso com minha resposta, mas sua expressão séria não vacilou. Ele cruzou os braços, observando-me atentamente. "Você é corajoso, Ryuichi." Disse ele em tom grave. "Mas a lei é clara. Sua execução está marcada para amanhã, e não há nada que possa mudar isso."
Eu olhei nos olhos do samurai, mantendo minha compostura. "Eu entendo as consequências, mas não posso aceitar uma injustiça. Farei o que for preciso para provar minha inocência."
O samurai assentiu, e por um momento o silêncio dominou a cela. Eu podia ouvir minha própria respiração, os batimentos acelerados do meu coração.
Com determinação renovada, comecei a visualizar mentalmente meu plano de fuga mais uma vez. Cada detalhe, cada movimento, cada estratégia. Eu estava pronto para colocá-lo em ação, não importa o quão arriscado fosse.
O samurai saiu da cela, deixando-me sozinho com meus pensamentos. O sol já havia se posto completamente, e a noite estava escura lá fora. Mas eu estava determinado a enfrentar o que estava por vir. Amanhã seria o dia, a data marcada para minha execução, mas hoje é o dia em que eu iria lutar por minha liberdade.
Parte 1
A adrenalina corria em minhas veias, e eu sabia que o tempo estava se esgotando. Mas eu estava pronto.
Enquanto a noite avançava, eu observava atentamente cada movimento dos samurais que guardavam minha cela. Eu sabia que o momento de agir estava se aproximando, e eu precisava estar pronto para aproveitar a oportunidade quando ela surgisse.
Foi então que eu notei uma brecha na vigilância dos samurais. Um deles se afastou momentaneamente, enquanto os outros estavam distraídos. Meu coração acelerou, e eu sabia que era a minha chance.
"Argh..."
Fingi sentir falta de ar, levando minhas mãos ao pescoço e lutando para respirar. Os samurais perceberam a minha agitação e se aproximaram rapidamente da minha cela. Eu me inclinei contra as barras, fazendo um esforço para parecer debilitado.
"Ryuichi, o que está acontecendo?" Perguntou um dos samurais, sua expressão carregada de suspeita.
"Água...preciso de água." Sussurrei com voz rouca.
"Alguém vá pegar água para ele!" Ordenou um dos Samurais.
"Mas ele será executado amanhã, do que adianta ajudar ele agora?" Questionou o outro, visivelmente desconfiado.
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O Guerreiro do Sol Nascente
Fiksi Sejarah"O Guerreiro do Sol Nascente" conta a história de Ryuichi Nakagawa, um samurai aposentado que vive pacificamente em uma vila litorânea, dedicando-se ao comércio de peixes e à vida simples que leva. No entanto, sua tranquilidade é interrompida quando...