Eu precisava encontrar pistas do paradeiro do artefato, e a primeira coisa que veio à minha mente foi o Templo Tsufungi. Foi lá onde o artefato tinha sido furtado, e talvez pudesse encontrar alguma pista ou informação útil.
Quando finalmente cheguei ao templo, desmontei do cavalo em um lugar afastado e caminhei até a entrada, observando as pedras antigas que cercavam o lugar. O templo era um local sagrado, e eu não queria profaná-lo com minhas preocupações mundanas, mas eu sabia que precisava agir.
Adentrei o templo e comecei a vasculhar o local em busca de pistas. Percorri cada canto do templo, examinando cada detalhe. Passei pelos corredores, salas de meditação e até pelos jardins. Eu estava determinado a encontrar qualquer pista que pudesse me levar ao artefato.
Eu me ajoelhei e comecei a examinar as marcas no chão e nas paredes. Havia sinais de que alguém tinha sido arrastado para fora da sala, e a porta estava destruída, sinalizando que aparentemente houve algum tipo de conflito. Seguindo meu instinto, segui as marcas do lado de fora do templo.
Depois de segui-las, cheguei a um ponto em que elas desapareceram. Olhei ao redor, buscando alguma outra pista que pudesse me levar ao artefato, mas nada mais me chamou a atenção.
Continuei examinando o local, mas infelizmente as pistas que encontrei eram incompletas e não me davam muita informação. Eu estava ficando frustrado, pois não sabia para onde mais seguir.
"Mas que droga!"
Frustrado, eu soltei um xingamento baixo. Eu sabia que precisava manter a calma e pensar com clareza, mas a falta de pistas estava me deixando impaciente. Eu me perguntei se talvez tivesse perdido alguma pista ou se tinha algum outro lugar que eu deveria ter procurado.
Mas enquanto eu continuava procurando por pistas, comecei a ouvir vozes ao longe. Rapidamente me escondi atrás de uma pedra e observei dois samurais que estavam fazendo uma ronda pelo Templo. Eles pareciam estar conversando entre si, mas eu não conseguia entender o que estavam dizendo devido à distância.
Quando os samurais se aproximaram do local onde eu estava, minha pulsação aumentou e eu me concentrei para ouvir um pouco do conteúdo da conversa que eles estavam tendo.
Suas vozes chegaram até mim em sussurros, fragmentos de palavras que ecoavam pela noite. A combinação do vento suave e da minha concentração permitiu que eu captasse algumas frases soltas.
"Buscando... artefato..."
"... poder inimaginável..."
"... E agora Ryuichi fugiu..."
"... Yagyun..."
"... nossos objetivos..."
Enquanto minha mente se esforçava para decifrar o significado das palavras, um sentimento de urgência começou a surgir.
As palavras "artefato", "poder inimaginável" e "nossos objetivos" pareciam indicar uma busca pelo Artefato. A menção do meu nome, Ryuichi, e a palavra "fugiu" ecoaram em minha mente, levando-me a acreditar que minha fuga havia perturbado seus planos de alguma forma.
Entretanto, o que mais me intrigava era a menção de "Yagyun". A conexão entre essa palavra e os eventos que estavam se desenrolando era um enigma que eu ainda precisava decifrar. Quem ou o que era Yagyun, e qual é o seu papel nessa história?
Embora eu soubesse que poderia encontrar informações por aqui, fiquei preocupado que a notícia da minha fuga já pudesse ter se espalhado pela vila. Por isso, decidi quue procurar em Kiyoshi, uma cidade vizinha que ficava a algumas horas do Templo, seria uma melhor opção.
Quando me aproximei de Takumi, subi com habilidade e segurei as rédeas com firmeza. A lua ainda estava presente no céu estrelado, mas eu sabia que precisava ser rápido se quisesse chegar à Kiyoshi antes do amanhecer.
Com uma determinação renovada, dei um toque suave em Takumi e nos afastamos silenciosamente do Templo Tsufungi. O vento noturno sussurrava segredos em meus ouvidos, e eu estava pronto para seguir em frente, rumo ao próximo passo da minha jornada, determinado a descobrir a verdade que estava escondida.
Continua...
VOCÊ ESTÁ LENDO
O Guerreiro do Sol Nascente
Narrativa Storica"O Guerreiro do Sol Nascente" conta a história de Ryuichi Nakagawa, um samurai aposentado que vive pacificamente em uma vila litorânea, dedicando-se ao comércio de peixes e à vida simples que leva. No entanto, sua tranquilidade é interrompida quando...