Ao entrar na Cabana fico admirado com toda a estrutura. A parede a minha direita era cheia de instrumentos musicais, todo instrumento possível que poderia ficar presa a parede que você possa imaginar tinha naquele lugar, e os que não podiam ficar presos ficavam no chão em frente a ela, até um piano de calda tinha ali. Aquilo era incrível demais, por isso a única coisa que consegui dizer ao olhar aquilo tudo foi:
– Uau...
Interior da Cabana 7 (Apolo)
No canto esquerdo daquele grande salão, também perto da porta, haviam três sofás bem grandes que pareciam ser muito confortáveis e que formavam um U em minha direção, como se me chamando para me sentar neles. Depois da mini sala de estar que havia ali, tinha um espelho gigante na parede, que pegava de uma janela à outra, e uma barra se estendia por todo ele, provavelmente era um espaço para dança. Conforme eu vou entrando eu percebo que havia um miniestúdio ao fim do lado direito, era possível perceber pela janela de vidro que tinha em uma de suas paredes direcionada a parte dos instrumentos, um espaço bem legal que parecia ser para cantores profissionais gravarem de tão bem equipado, só não entrei pra ver com detalhes, pois haviam algumas pessoas lá dentro conversando ou compondo algo. E não era só isso, embaixo da escada que levava ao segundo andar, havia uma sala de artes, que fiquei um pouco envergonhado após colocar a cabeça pela porta, pois tinham algumas pessoas trabalhando em algumas esculturas de argila e pintando quadros lá dentro, elas me olharam sérias, com um olhar um tanto quanto irritado pelo barulho da porta. Por isso, com a mesma velocidade com que abri a porta, também a fechei.
Ao subir a escada, percebi que a cabana tinha isolamento acústico, pois não ouvia nenhum som que vinha do lado de fora. Não tinha ideia de como a filha de Atena que estava me guiando pelo Refúgio ouvia barulho dentro do seu alojamento, que era do outro lado da área das Cabanas, a não ser que os filhos de Apolo tocassem ou ouvissem música extremamente alto com todas as janelas e a porta abertas deveria ser impossível ouvir barulhos de fora. Enquanto subia os degraus notei que diversos tipos de arcos recurvos e compostos, enfeitavam as paredes da escada, um mais bonito que o outro. Chegando no segundo andar eu fico meio envergonhado, pois haviam algumas pessoas ali, talvez por ser meio da semana as pessoas não estavam fazendo muitas coisas no primeiro andar devido às atividades do Refúgio, mas então percebi que os que estavam ali provavelmente esperavam, com curiosidade, a chegada de um novato, pois de longe vi minhas coisas em cima de um beliche. Todos os olhares se viraram direto para mim quando paro na entrada do andar ao lado do que parecia ser os banheiros. Eu fico meio sem graça, corado por todos voltarem a atenção para mim, pelo menos por um momento. Depois de me analisarem, alguns disputam olhares entre mim e alguém que estava deitado em um beliche no canto direito do lugar, na cama debaixo da que minhas coisas estavam. Fico congelado ali, talvez por vergonha, ou por não saber o que dizer, até que um menino vem até mim sorrindo e diz enquanto estendia a mão.
VOCÊ ESTÁ LENDO
A Origem de um Legado - Vol I
FantasyATENÇÃO!!! Plágio é crime, portanto caso copie a história alterando apenas Nomes de Personagens ou Título irei procurar meus direitos. Portanto, fique atento no que faz.