A French Friend

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New Jersey, 12/02

Querido azuladinho,

Duas palavras; meu primo. Ele resolveu fazer uma pequena visitinha para avisar que minha adorada tia não está bem, que ela não ia estar entre nós se eu demorasse e que ela tinha 1 mês de vida no mínimo, e depois ele partiu, disse que me deixaria pensar um pouco o que eu iria fazer.

Algo que eu não sabia o que fazer, Mika veio até a porta, eu devia está paralisada por bastante tempo para fazer ele sair do videogame.

- Hey Sophie, quem era... – eu o abracei – Está tudo bem? – Ele me afastou um pouco para olhar para meus olhos – não, não está nada bem. Eu sei o que você precisa, você precisa um pouco do seu namorado aqui – sim, azuladinho o louco me pôs no braço.

- MIKAAA EU TE MATO! – Eu gritei agarrando seu pescoço com muita força – Você ainda vai pagar por isso. – Ele me jogou no sofá, nessas alturas já estava gargalhando, ele saiu correndo para o corredor.

- Venha me pegar, se puder – escutei sua voz extremamente atraente falando do corredor. Para um homem grandão como ele é, parecia uma criançona, devo dizer azuladinho.

Passei silenciosamente pelo meu quarto e o encontrei sentado na minha cama, ou melhor bagunçando minha cama, jogando as roupas em cima, uma bagunça total.

- Mika o que... – eu disse até ele me interromper

- Hoje você é minha, okay? –Ele disse – Não precisa se importar com nada sobre o que seu primo falou, embora eu não saiba o que seja. Mas se lhe fez mal, para mim pelo menos não tem porque se preocupar, até porque só não tem jeito para morte certo? – Ele caminhou até mim e me beijou na testa- Vá se trocar, quero te mostrar algo – e me entregou uma blusa branca, shorts jeans e por incrível o casaco dele que estava comigo, então eu fui.

Sai do banheiro e o engraçadinho do meu namorado estava lá sentado em minha cama, mexendo no celular, usando um meu chapéu, e minha bolsa. Não pude deixar de rir.

-Vejo que está pronta a princesa, vamos? - Ele disse pondo o chapéu em cima da cama.

- Anhm, põe de novo, por favoooor? - Eu fui até ele, com carinha pidona. Até que ele cedeu pôs de volta e eu tirei uma foto- Agora uma comigo- tirei outra – Agora podemos ir, fomos até o carro. Ele dirigindo, fomos até o melhor teatro de toda New Jersey – Mika, essa hora o teatro está vazio. – Eu disse quando saímos em direção a entrada dos fundos.

- Não, não está. No teatro sempre tem gente- ele entrou me puxando em direção as cadeiras na plateia, de fato tinham gente no teatro, umas doze pessoas para ser exata.

Ensaiando algo que não consegui compreender. Naquele momento azuladinho, nos segundos que entramos Mika gritou algo parecido com:

-"Master of the house

Quick to catch yer eye

Never wants a passerby

To pass him by

Servant to the poor

Butler to the great

Comforter, philosopher

And lifelong mate

Everybody's boon companion

Everybody's Chaperone. "

Me sentei na primeira cadeira que vi. Lá vi uma senhora, que comandava as onze pessoas em cena, sorrir com a louca atuação de Mika.

- Ora, quem é vivo sempre aparece né monsieur Collins? Veio reviver seus dias de glória? – Ela aparentava ter uns 40 anos de idade, ou até menos, bonita aliás – Le théâtre est fermé, senhorita – ela falou quando percebeu que eu estava lá, Mika tratou de explicar.

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