A very especial friendship

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New Jersey, 28/01

Querido Azuladinho,

Desculpe meu amiguinho, não lhe ter escrito mais, como minha mãe sempre me disse a gente tem que aproveitar ao máximo a vida né? Pois bem, vou contar as novidades, no dia seguinte a última vez que lhe escrevi eu decidir que iria ao jantar, ele tinha feito lasanha e deixado na mesa com velas.

-Olá?

-Entre e feche a porta- ele disse da cozinha- Já estou indo- eu fiz o que ele me pediu e fiquei olhando as fotos em cima de um balcão encostado parede.

-Gosta de fotos hã? - Ele fala olhando a foto em que eu segurava por cima de meu ombro, me deixando vermelha. 

-Está sua foto é bem bonita- eu disse lhe mostrando a foto em que ele, Sammy e uma menina estavam na praia- Quem é ela? - Ele me falou que era sua irmã Laura e eu disse a ele que ela se parecia com ele.

-Engraçado como o pessoal diz isso- Ele ri. 

-Ainda bem que não fui a primeira- brinquei, fomos em direção a mesa de jantar, Mika puxou a cadeira para mim, serviu a gente e se sentou. Durante nosso jantar nós conversamos sobre várias coisas. Digo, eu falei sobre muitas coisas, ele só, me ouvia atentamente. 

Eu o observei, ele não parava de sorrir, até que ele tocou minha mão, eu o deixei que tocasse, deixei porque no fundo, eu queria que ele tocasse, no fundo eu sabia que Marina estava certa, eu gostava dele. Gostava daquele irritante modo positivo dele, gostava do seu sorriso e de seu modo me fazer ficar vermelha a qualquer momento.

-Estou falando demais? -Perguntei demonstrando estar envergonhada. 

-Você está falando o suficiente- Ele sorri ainda mais, como se fosse possível.

-No momento que eu te vi lá na sala achei que você fosse aqueles tipos de caras positivos que me dão medo. – Ele riu e pediu que eu explicasse para ele "os caras estranhos".- Sabe aquele tipo de pessoa que você acha tão estranha que nem chega perto? -Ele assente e eu sorrio- Acho melhor eu parar de falar bom, me fale de você passei a noite tagarelando... 

-Olhe, se você continuar com isso serei obrigado a te pôr para fora da minha casa -ele brinca rindo- Eu já disse e repito você fala somente o suficiente -ele completa- Além do mais eu podia passar anos lhe ouvindo porque isso nunca há de me cansar. 

-Você deveria me emprestar essa sua calma pra Marina porque assim, meio que ela nunca me escutaria-ele ri- É sério, no instante que eu começasse a falar ela iria querer que eu parasse- eu ri- Mas, no geral é legal. 

-Você aceita sobremesa?- aceitei e ele me serviu um pedaço de torta de brigadeiro.

Depois de termos terminado conversamos ainda mais sobre vários assuntos, cada vez demonstrava estar mais interessada em sua vida, aquele garoto quem diria? Tem quase os mesmos gostos que eu, digo, também gosta de Imagine Dragons, Supernatural, etc.... E eu? A tola acreditava que esse tipo de pessoa não existia, olhei novamente a mesa e vi que marcava 22 horas, estava tarde, e bom não queria chegar tarde podia preocupar Marina.

-Eu acho que devo ir, São quase meia noite e bom, não é legal chegar tarde, né? - Ele concorda e se oferece para me acompanhar até em casa. Eu aceitei e então nós fomos caminhando em direção a minha casa e ele notou que eu estava tremendo.

-Está com frio? - Me puxou para seus braços então abraçados continuamos andando até a porta de meu apartamento, me virei para ele - Te vejo na aula? - Ele assentiu e de repente me beijou, no início eu até estava nervosa e com medo até que eu percebi, de que teria medo? Do Mika? Paramos e então entrei em casa. O beijo foi ...indescritível, eu também não poderia imaginar com outra pessoa, mas ainda assim ele era meu amigo como poderia falar com ele depois?  

Fechei a porta e fui para meu quarto troquei de roupa e decidir ler um pouco, A Culpa é das Estrelas continuará sendo meu favorito. Adormeci com meu livro no rosto. 

No outro dia, fui diretamente para escola depois que ajeitei a bolsa, me troquei e comi. Quando cheguei lá Michael estava sentado sozinho ouvindo música, ele usava fones e não mostrava o rosto. 

-Oi Mika - Tirei os fones para que ele me ouvisse, ele levantou o rosto e vi que estava triste - O que houve? 

-O Sammy se envolveu num acidente de carro e está no hospital

-Não fica triste - Eu disse sentando ao lado dele - Heey animação.

-Não tem graça - ele encostou sua cabeça em mim - Se quiser vou com você para ver ele, okay? - Ele assentiu. 

-Obrigado - Ele me beijou e deitou a cabeça no meu colo, eu fiz carinho em sua cabeça e tentei lhe assegurar que estava tudo bem.

Passamos a aula assim, calados ou eu tentando o animar. Tive até dó dele, na saída avisei a marina que iria a um hospital, contei-lhe o que aconteceu e fui com Mika até o hospital onde o irmão dele estava e advinha era aonde marina estava de plantão.

-Quem diria minha amiga ajudando a cuidar do seu irmão - ele continuava sério - hey - segurei a cabeça dele - Olha, eu entendo que está preocupado com o Sammy, mas você acha que aquela criatura animadíssima queria ver você assim? Vem, vamos mudar esse humor, podemos assistir: Em Busca a terra do nunca? 

-Claro, o que você quiser.

Eu e ele fomos para minha casa onde nós assistimos o filme e adormecemos juntos no sofá, e agora meu amigo acordei e enquanto ele está dormindo eu resolvi lhe contar. 

Sempre achei que os homens deviam ser bastante corajosos "protegendo suas damas" e não se deixando vencer por tristeza, sempre estando lá para consolar nunca para ser consolado. Por esse meu pensamento inclusive por isso, Marina normalmente diz que eu confio demais em príncipe encantado quanto mais falo com Mika, mas descubro que não é bem assim. Ai meu deus, ele está acordando, tenho que ir, ontem ele me disse que iria me levar a um lugar especial.


Bom Dia, Azuladinho!

Sophie Grace

Little SmartOnde histórias criam vida. Descubra agora