Drácula não tinha como saber que seu castelo ia servir de atrativo a um jogo do futuro em ação no passado. A ideia era até legal do ponto de vista de um vampiro acostumado a viver a eternidade da solidão em seu refúgio numa área erma, mas um lugar com visão privilegiada dos povos abaixo do castelo, que incluíam pessoas tementes a Deus usando crucifixos para espantar demônios à noite, horário mais propício aos ataques das "crianças noturnas", como eram chamados - por Drácula - os lobos que uivavam sempre que o caminho do mal estivesse aberto para o conde das trevas.
Alexander, após conseguir vencer as armadilhas criadas por algum criado muito inteligente de Drácula, ou algum ser do futuro.
Mas era meio difícil haver outra pessoa do futuro nos tempos de Drácula, a não ser seu pai Ivan que podia estar se escondendo e vigiando a performance do filho de longe. Será que papai veio parar aqui no mundo de Drácula e eu não sei? Pergunta que Alexander se fazia quando encontrava monstros inteligentes que nem as gárgulas em ação para defesa do castelo do vampiro.
— Vamos ao que o jovem do tempo futuro trouxe para este nobre aqui da Transilvânia – disse Drácula com uma aparência bastante jovial. Ele tinha descartado o corpo, por enquanto, de um homem idoso, disfarce mais apropriado para recepcionar visitantes desinformados da natureza real daquele demônio.
— Caro conde Drácula. Sua história é muito maneira. Lá no meu tempo, o senhor é o personagem que muitos escritores gostam de trabalhar – contou Alexander todo entusiasmado por dialogar pela primeira vez com um ser das sombras e que era visto no futuro apenas como um personagem inventado pelo escritor irlandês Bram Stoker.
— O jovem do futuro tem inteligência suficiente para descrever imagens que livros guardam pela eternidade. Sua presença aqui é curiosa. Eu sou o conde Drácula e possuo poder o suficiente para destruir quaisquer intrusos. Mas alguma fonte de luz invadiu meu ser e irradiou em mim sabedoria para aceitar que o jovem do futuro chegasse aos meus aposentos.
Velho idiota. Ele tá de curtição com a minha cara, pensou Alexander.
— Destemido jovem, julga-me idiota? – mostrou Drácula que podia ler o pensamento de alguns humanos.
Alexander ficou surpreso com aquele poder de ler a mente que não tinha sido descrito no livro sobre Drácula. Era melhor falar logo que pensar besteiras e acabar derrotado pelo vampiro nas palavras. Drácula não tinha poder demais para derrotar um gênio do futuro com uma máquina do tempo.
— Eu vim para pedir a sua participação no meu jogo – contou Alexander a Drácula.
— Que tipo de jogo estamos falando, rapaz?
— Um jogo em que vampiros e lobisomens lutam por poder.
— Ah, jovem do futuro. Poupe-me de suas crendices.
— Não sou idiota, Drácula. Você que é um babaca pra ficar lendo a mente dos outros. Isso que é ser idiota... meter o olho aonde não foi chamado – detonou Alexander que estava nervoso com a arrogância de Drácula.
— O seu jogo seria no cemitério? – ironizou Drácula e rindo em seguida da própria fala. Uma risada bastante sinistra que deixou à vista os caninos que o tornavam um sanguinário à noite, na companhia de lobos fiéis comandados pela mente do senhor das trevas, que também podia despertar o interesse de ratos para um ataque coletivo a humanos em posição de combate.
— Caramba, Drácula. Vai pra merda. Quer saber de uma verdade?
— De quê?
Alexander tinha planos que deviam ficar em segredo. Como soube logo, logo que Drácula lia a mente dos humanos, preferiu ir direto ao assunto dos jogos mortais, onde vampiros teriam que enfrentar lobisomens ao estilo dos games de combate, tipo um 'Mortal Kombat'.
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ALEXANDRE E OS MONSTROS
FantasyAlexander descobre que pode dominar o mundo apenas com o poder da sua mente turbinada, utilizando um poderoso controle de vídeo game para manipular monstros. Obs: capa provisória. Livro será publicado até o final no wattpad e terá lançamento oficia...