Capítulo 4

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Os wolfjacks vinham em fila dupla, quatro de cada lado fazendo um cinturão quase humano se não fossem suas armaduras de pelo grosso de suas maldições, para proteger o novo mestre: Alexander, que era carregado numa gôndola de madeira ao estilo de um imperador egípcio, com toda a pompa de um grande rei.

    A gôndola do mestre tinha quatro braços que ficavam suspensos pelos ombros fortes dos wolfjacks.

    O restante dos wolfjacks espreitava quaisquer sinais de perigo naquela estrada estreita de terra, num lugar ermo, menos inseguro por causa da luz do sol a espantar criaturas da noite, como vampiros.

    Os wolfjacks não precisavam da luz lunar para a transformação em jovens lobisomens. A maldição de Andrew Jr. havia sido à prova de ausência do encanto dos poderes lunares, lenda que não foi comprovada por especialistas no assunto à tentativa de provar a existência, no início do século 20, a veracidade sobre lobisomens.

   

    O castelo imponente de conde Drácula, cravado entre montanhas que respiravam ventos muito frios, era de fácil acesso a quem se aventurasse a explorar o local muito sinistro por ser deserto e distante de residências.

    A vizinhança era cercada de árvores enormes, que pareciam à noite guardiãs esqueléticas à espreita de inimigos. Mas pontos de observação a um grupo sombrio, que estava de tocaia por ali ao avistar a chegada repentina de Alexander, um estrangeiro ou inimigo de Drácula.

   

    Alexander tinha explorado, antes de chegar tão perto do mundo de Drácula, livros disponíveis sobre a verdade de vampiros. O jovem do futuro ficara maravilhado com histórias que datavam muito antes da fama de Drácula, primeiro vampiro famoso. Por exemplo, demônios em tempos antigos eram comparados aos inimigos de Deus, apenas isso, mas se tratavam de sugadores de sangue como Drácula. A Medusa, mulher com corpo de humano e no lugar dos cabelos, cobras, transformava invasores de seu território em estátuas, um tipo de maldição que sugava todos os poderes de guerreiros, que se atrevessem a invadir um terreno fértil para o mal. O mesmo destino cruel (quase na estrutura de Medusa) estava traçado para Alexander e wolfjacks pelas ofensas ao senhor das sombras: conde Drácula. Escapatória até existia, casso o poder de Alexander fosse superior aos domínios de Drácula.

 Adam e sua turma do bem, que frequentavam o laboratório de ciência com frequência, tinham se encontrado fora do colégio, na casa de um dos jovens aspirantes a cientistas. Ali, eles tentavam definir como podiam defender-se, além de salvar a cidade e o mundo de um possível ataque coletivo de bandidos de outros mundos.

    A sinistra aparição de seres, numa noite para lá de esquisita no Maximus Point, como revelou e muito aterrorizado o vigia Pablo Mendes em entrevista às meninas superpoderosas: Alice, Natália e Julieta, repórteres do jornal da instituição de ensino.

    O nervosismo de Dom Pablo, como ficara conhecido carinhosamente entre os alunos, era tanto que o vigia misturava espanhol com inglês na sua fala de entrevista. Mas um fato era certo: lobisomens existiam de verdade e estavam entre os humanos, afirmou com todas as letras Dom Pablo.

    A entrevista não foi divulgada no jornalzinho.

    A direção da escola censurou aquilo que tinha muito de história de terror. No lugar de invasão de seres do outro mundo, foi mais aconselhável a turma das 'meninas superpoderosas', que divulgassem uma invasão por vândalos para evitar escândalos e não manchar a imagem do Maximus Point na imprensa. Já para Adam e seus fiéis escudeiros: Leo, Vitor e Rafael, achavam que lobos em corpos de garotos que nem eles, do século 27, podiam estar atacando outros colégios e ninguém sabia, ou quase ninguém.

ALEXANDRE E OS MONSTROSOnde histórias criam vida. Descubra agora