Bônus

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Mary observava Sirius Black atônito a sua frente, olhando para ela como se tivesse dito a coisa mais absurda do mundo, talvez para o pai, fosse sim, um absurdo.

Lupin olhava a cena toda um pouco distante com Teddy no colo, apesar de Mary o chamar de pai, era bem provável que não achou conveniente se juntar ao drama.

—Você está me dizendo que vai ser casar.... — suspirou pesadamente — ... casar com Draco Malfoy?

—Sim... pai.

—Eu, eu só fico me perguntando a quanto tempo vocês estão juntos para decidirem se casar agora. Você voltou só tem alguns meses.

—Você quer a resposta sincera ou a que vai te agradar?

—A sincera Mary! – sua voz não era irritada, mas era impaciente.

—Desde o sexto ano...

—Vocês estão juntos esse tempo todo? — indagou surpreso — Mesmo quando estava no Brazil?

—Não. No Brazil não, não tivemos notícias um do outro nesse tempo mas quando eu voltei.... Voltamos a ficar juntos no mesmo dia.

—Pelo amor de Deus! Mary! O que você tinha na cabeça quando ficou com esse garoto naquela época?

—Tínhamos acabado de receber a marca pai... Eu estava vuneravel e ele também. No meio da confusão que estávamos vivendo, só tínhamos um ao outro para se apoiar.

Agora que ele parecia mais surpreso ainda.

—Você sabia que ele era um Comensal da Morte. Desde. Aquela. Época? — disse pausadamente completamente indignado.

—Sabia, mas eu não podia contar.

—Porque não?

—Draco nunca foi idiota, ele soube antes mesmo que eu soubesse dele, que eu era uma farsa, que estava infiltrada — ela suspirou e passou as mãos pelos cabelos — Voldemort não iria confiar em mim de cara, era óbvio que iria colocar a única pessoa que saberia das minhas intenções, alguém que morasse comigo. Eu estava nas mãos dele, se eu não contasse nada sobre ele ser um comensal — ela omitiu a parte de ajuda-lo a matar Dumbledore — Ele não contava sobre mim.

—No fim o segredo de vocês os unil — pela primeira vez, Remus disse algo.

Mary apenas assentiu.

—Quando me dei conta, a gente já estava namorando, nos apaixonamos sem perceber. Durante toda a Guerra, ele era meu porto seguro, era para quem eu podia escapar do inferno que eu vivia na escola.

—Você ia para mansão? — Deus ela ia matar seu pai do coração.

—Passei quase o ano todo dormindo com ele lá.

—Santo Deus! — ele sacudiu a cabeça escondendo o rosto nas mãos.

Ela sabia que aquele drama todo era preocupação. Afinal tudo e qualquer coisa que ele sabia sobre Malfoy, tinha vindo de Harry, que passou maus bocados na mão do loiro, era compreensivo sua reação. Sem mencionar seu pai asqueroso que enquanto pode fazer mal a todos, inclusive a Sirius, fez.

—Six... — Remus,que até então estava calado em um canto da sala resolveu se sentar ao lado de esposo e tocou se ombro —... Mary já é bem grandinha, ela sabe julgar bem as pessoas, além do mais, se ela está tanto tempo com esse rapaz, e agora querem se casar, bem ele faz a ela.

—Mas Rem, é o Malfoy, olha o histórico desse menino!

—Você também não tem o melhor histórico do mundo — ele ergueu as sobrancelhas — Mas a culpa não foi sua ter ido para Askaban foi? — Sirius negou — Pode ser que exista mais por trás da história de Malfoy que não sabemos, como uma família conturbada e errada, a mãe dele é sua prima, você de onde veem,  mas não acredito que Mary ficaria com ele se não valesse a pena.

𝐓𝐞𝐦𝐩𝐨𝐫𝐚𝐫𝐲 𝐁𝐥𝐢𝐬𝐬                  ⁽ᴰʳᵃᶜᵒ ᴹᵃˡᶠᵒʸ⁾Onde histórias criam vida. Descubra agora