Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
—Black — Mary se assustou quando Draco a chamou tocando sua cintura atrás de si —Calma sou eu.
—O que foi? — ela se virou ficando perto até mais, mas não sentiu necessidade de se afastar.
—Eles estão indo embora, quer ir no jardim comigo? Acho que você vai gostar de uma coisa.
Mary concordou e o seguiu porta a fora, Draco a guiou para a parte de trás da casa, realmente havia um lindo jardim de flores brancas, uma mesa de jardim e um...
–Aquilo é um pavão? — perguntou incrédula.
O animal era lindo, um grande pavão albino sem cor nenhuma mas era lindo, extremamente lindo.
—Sim, está na família à alguns anos, ele é meio arredio mas deixa eu chegar perto.
—Ele é lindo...
—Conseguiu descobrir alguma coisa?
—Vou alertar a Ordem sobre o paradeiro de meu pai, eles sabem que ele está nos Weasley.
—Serviu de algo vir então — Draco passou a mão por suas costas e então a puxou para mais perto, Mary acabou encostando a cabeça em seu ombro — Falando em Weasley, conseguiu superar ele?
—Não sei, as vezes acho que sim, as vezes acho que não... As vezes eu sinto falta dele, apesar de ter ficado pouco tempo com Fred ele foi especial, eu cheguei perto de ama-lo mas...
—Sua vida virou de cabeça para baixo, as coisas já não eram mais tão felizes, as piadas pararam ser engraçadas e você sabe que é melhor mante-lo longe de você.
—Basicamente — ela suspirou ao mesmo tempo que as penas do pavão farfalharam — Quando eu decidi ir embora naquele dia e voltar pra Hogwarts eu vi que o amor não era o suficiente.
—Eu já vi essa história antes Mary, não gosto do final.
—Ele deixou de ser meu porto seguro... Então é melhor deixar ele ir e ficar exilada.
—Eu sou apenas um substituto pra ele — Draco a encarou — Não sou?
—E eu para ela, não é?
Draco negou. Seus olhos pareciam insultados e injuriados.
—Não — ela suplicou a ele balançando a cabeça e se afastando — Não Draco por favor!
—Porque não?
—Assim como você eu já vi essa história antes e eu odeio o final, não quero te ofender mas eu não vou passar por tudo de novo. Meu coração já foi partido o suficiente para um ano só.
—Você está confundindo as histórias.
—Não, depois que isso passar você vai embora, e eu me recuso a derramar uma lágrima por você Draco.
—Mary você ao menos me escutou — ele ficou impaciente — Sai da defensiva.
—Pare Draco — ela se afastou mais — Se eu soubesse que o que tínhamos viraria isso eu não teria caído.
—O que eu mais dei foi sinais Black!
—Desculpe se eu não soube lê-los mas...
—Você que não quis se importar em perceber.
—Draco, não da pra levar isso a sério, olha o que somos, o que fazemos, por mais que você venha tentando me ajudar, ainda somos opostos!
—Você está dizendo isso!
—Draco, até alguns meses atrás nos odiavamos, eu ter recebido a marca nos aproximou porque começamos a viver a mesma dor mas nossas realidades são diferentes, seus pensamentos são diferentes — ela suspirou exausta — Eu não posso continuar levando isso a frente com você se você sequer mudar seu pensamento, é muito divertido se agarrar pela escola, mas você sabe que não passa de uma felicidade temporária.
Assim que as palavras saíram de sua boca ela se arrependeu, pois pode ver que o mar azul nos olhos de Draco ficaram turbulentos.
—Black, nós estamos nessa linha frágil a muito tempo, você sabia o que estávamos vivendo, não é possível que vá querer quebra-la agora!
—Malfoy eu não posso confiar nesses sentimentos agora, é loucura.
—Não haja como se isso fosse um erro!
Ela via Draco perdendo a respiração, assustado, com medo, como se já tivesse passado por essa situação antes, tivesse perdido alguém que não queria perder de novo.
Ele realmente havia passado por isso.
Mary viu os olhos dele ficarem frios, nunca achou que o veria chorar. Mas ele estava, ele estava chorando.
—Draco eu sei que você tentou me fazer sorrir e acabar com minha dor, mas isso não vai dar certo, e não, eu não estou te colocando no lugar do Fred. Eu só não quero passar com você o que passei com ele.
Mary deu mais um passo para trás, ela queria ir embora, ela iria embora. Mas Draco segurou sua mão.
—Por favor não vai embora, eu achei que a gente estava se entendendo — dor misturada com fúria gritava em sua voz e olhar — Eu sei que tá tudo errado, mas você é a única coisa que eu quero agora!
O olhar dele estava assombrado só com a mera menção de perde-la.
—Você precisa entender Draco, isso não vai dar certo, nós somos uma ótima dupla mas não vai funcionar como casal e você sabe disso, nossos mundo são diferentes, meus sentimentos são diferentes dos seus, eu não quero sofrer outra vez.
—Então vai, vai embora mas vai ter que negar que sente algo por mim.
Ele soltou sua mão.
Mary não teve coragem de ir embora.
—Anda Black, nega que sente alguma coisa. Olha não meus olhos e diz que não vale a pena insistir e que eu só sou uma distração! Diga que não sente nada e eu te deixo ir embora.
Ela não conseguiu se mover, um centímetro sequer, porque ela podia enganar meio mundo, podia enganar Voldemort, Snape, a Ordem podia enganar todos menos o seu coração.
Draco engoliu em seco não parecia respirar. Mas chegou mais perto dela.
—Diga alguma coisa e pare de me fazer de idiota.
Por fim Mary tomou coragem, deu um passo a frente e o beijou. Beijou Draco como se fosse a primeira vez.
Deixou as mãos subirem com delicadeza por sua nuca tocando os fios loiros, os lábios tocaram os dele com calma e paixão misturado com o sabor salgado das lágrimas dele, deixou sua língua ser enlaçada a dele e o beijou com ternura até que Draco reagisse e abraçasse sua cintura.
Ela não podia negar a ele, ela não podia ir embora.
