Capítulo 2.

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Ela vomita na manhã do casamento no banheiro dos Potter. Debruçada sobre o vaso sanitário, Hermione vomita mais algumas vezes, mas pular o café da manhã torna esse ato inútil e doloroso.

Enquanto ela se joga na pia e joga água fria no rosto, Ginny esfrega suas costas.

— Já que você não vai me deixar matar Malfoy, deixe-me pelo menos fazer seu cabelo e maquiagem para você?

Hermione balança a cabeça fracamente e se permite ser mimada. Ginny aplica uma leve camada de maquiagem, apenas o suficiente para esconder seu rosto pálido e úmido.

Enquanto Ginny cuida cuidadosamente de seus cachos e os prende em uma trança simples, Hermione mal consegue evitar chorar.

Sua amiga aperta seus ombros. — Ei. Você é a pessoa mais corajosa que conheço, mas não precisa lutar contra isso sozinha. Você também não precisa passar por isso.

Hermione balança a cabeça e engole o nó na garganta. — Não. Não vou deixá-los vencer. E você e Harry já fizeram o suficiente. Apenas... apenas esteja lá para mim. Hoje. Durante... isso.

Ela conta respirações profundas e depois conta os anos. Somente três. Este será um mero pontinho em sua história. Três anos e depois liberdade. Três anos de conformidade superficial enquanto ela trabalha na melhor maneira de implementar um subterfúgio.

Além de uma cópia do formulário de dissolução do casamento, Hermione mantém uma lista de todos os membros da Suprema Corte que votaram a favor da lei do casamento, de cada publicação e jornalista que a apoiou, e de todos os membros da equipe do Ministro Lance.

Ela veste sua armadura de batalha: um vestido marfim de mangas compridas. É uma pequena rebelião que ela aprecia. Se ela estiver sendo obrigada a se casar com um descendente de sangue puro ou perder temporariamente uma varinha, ela o fará à moda trouxa.

— Eu sei que você disse para não interferir mais, mas Harry e eu podemos ou não ter enviado uma carta com palavras fortes para Malfoy — confessa Ginny enquanto fecha o zíper das costas do vestido.

— Eu deveria saber.

— Ron enviou um Uivador.

— Eu não esperava nada menos.

— Luna enviou a ele um livro sobre venenos comuns e seus antídotos. Caso você tenha tentado o caminho da viúva prematura.

— Gentil da parte dela considerar me salvar da prisão, mas não tenho certeza se o envenenamento vai ajudar.

Ginny entende a dica e para de tentar arrancar risadas dela.

A caminhada pelos salões do Ministério é solene. Luna e Ginny a flanqueiam, cada uma segurando uma de suas mãos. Harry e Ron vão na frente, tentando protegê-la de curiosos.

Todos os três Malfoys esperam por ela na sala de cerimônia. Nenhum grupo cumprimenta o outro; seus amigos a conduzem para o lado oposto da sala e se amontoam ao seu redor. Hermione pelo menos aprecia o cenário extremamente nada romântico do que é essencialmente um espaço de conferências.

Ninguém diz uma palavra. Hermione olha para o relógio acima da porta e deseja que o silêncio opressivo a sufoque. Com um olhar rápido e dissimulado, ela observa a outra parte. Lucius está vestido para um funeral, mas Narcissa parece elegante como sempre em vestes coloridas.

Draco está vestindo vestes pretas tradicionais e formais. Regalia de casamento completa, capa incluída. Ele parece exatamente o noivo iminente e a visão faz as palmas das mãos de Hermione suarem e seu estômago embrulhar.

Opções dramáticas de fuga competem por seus pensamentos. Sair correndo da sala, roubar várias chaves de portal e se esconder na Austrália. Desaparecendo no mundo trouxa. Transfigurando suas feições e mandando fazer uma nova varinha no exterior. Em cada cenário, ela enfeitiça Lucius Malfoy no rosto ao sair.

In These Silent Days | DramioneOnde histórias criam vida. Descubra agora