tenho certeza de que eu sou seu

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TRAVIS KELCE

Hoje era a regional de boxe, Tate e Vinnie estavam prontos para competir. Todos os olhares estavam direcionados à nossa escola, que cada vez mais estava em evidência. O número de pessoas interessadas em uma escola como essa cresceu bastante, ainda mais porque Taylor estava presente como fundadora da escola, sempre respondendo dúvidas do público em relação à instituição de ensino.

- Tudo pronto? - pergunto no vestiário. - Esse cara pode parecer assustador mas ele tem um foco horrível, você vai se sair bem. - digo batendo no ombro de Vinnie, que assente já pronto para entrar no ringue.

Consegui escapar no intervalo da competição, indo procurar por Taylor perto da sala do comitê de luta, ela conversava com o apresentador e o narrador do festival. Esperei eles conversarem no canto e quando ela terminou conseguiu me ver, ela acenou e veio até mim toda sorridente.

- Que sorrisão é esse? - pergunto e ela faz um movimento animado com a mão.

- Você não vai acreditar! Tem investidores interessados na escola! - ela abre a boca se controlando para não fazer uma dança comemorativa. - Ficaram impressionados com o desempenho de Vinnie no ringue e estão ansiosos para assistir a luta de Tate. Com isso alguém entre o comitê pesquisou sobre a escola e viu vários vídeos dos alunos...eu estou tão animada, Travis! - suspirou aliviada. - Isso era tudo que eu mais queria, que a escola crescesse e mais pessoas reconhecessem sua existência. Agora estamos aqui, e isso deve ao seu trabalho também então obrigada! - sorriu agradecida.

Sem me conter eu a puxou para um abraço.

- Isso é incrível, Tay! - disse em choque. - Eu ouvi nos bastidores pessoas surpresas com as novas turmas de teatro e artes!

- Se isso for um sonho não me acorde! - ela riu entre meu peito. - Isso vai ser tão bom pra turma que vai se formar, vão ganhar mais visibilidade.

- Acho que isso merece uma comemoração... - beijei sua bochecha.

- Eu tenho certeza que sim. - sorriu fino.

TAYLOR SWIFT

A alegria que estou sentindo no momento acho que ninguém é capaz de tirar. Já havíamos recebido alguns investimentos antes mas nada muito grande como agora, é como se finalmente a escola estivesse sendo reconhecida. Todo o trabalho árduo para auxiliar os futuros artistas do país é uma grande honra, porque construímos laços e aprendemos todo dia uns com os outros. Eu estaria perdida sem esses jovens e acho que eles sabem disso.

- Eu ganhei o ouro?! - Tate estava desacreditada, ela competiu na categoria feminina e Vinnie na masculina, ambos levaram o cinturão.

- Você ganhou, meu amor! - a abracei. - Parabéns, você foi incrível lá no ringue. Confesso que quase roei as unhas de tanto nervosismo.

- Travis é um bom professor e eu estudei bem as adversárias, acho que ainda não acredito que isso está acontecendo...me preparei tanto.

- Eu sei, eu vi você intercalar as aulas como se fosse duas pessoas em dois lugares ao mesmo tempo. Isso é tudo fruto do seu esforço e foco. Agora é esperar a formatura. - beijei sua testa.

Na volta pra cidade decidimos parar em um restaurante do Brooklyn, Vinnie e Tate não paravam de ver vídeos da competição e Travis sorria de orelha a orelha. Todos estavam orgulhosos daquele momento tão significativo.
A escola estava em destaque, os alunos estavam felizes e nós professores mais ainda. De repente as falas daquelas mulheres no evento pareceram tão engraçadas agora. Nem sei porque me preocupei com elas.

Depois de deixarmos eles em casa, chamei Travis para dormir na minha casa. Ele aceitou mas disse que passaria em casa para pegar algumas coisas, confesso que achei que ele fosse desistir mas não foi o caso. Ele apareceu na minha porta já vestindo pijamas, o que eu achei hilário.
Passamos boa parte da noite comendo pipoca e assistindo um filme de comédia romântica, eu como uma boa pessoa sentimental chorei durante todo o final do filme. Travis me abraçou, eu estava praticamente deitada em seu peito e um cobertor felpudo cobria nossas pernas no sofá. De repente tudo ficou calmo e sem dramas. Só existia nós dois.

E Jason claro, porque Travis o trouxe para conhecer meu apartamento.

Era tão acolhedor, fazia tempo que eu não me sentia tão bem assim. Sem preocupações e devaneios. Era quase como se minha vida não tivesse drama algum. Em meio àquele silêncio eu apenas soltei, despretensiosa.

- Meus pais querem te conhecer. - torci a boca.

- Só marcar um dia. - ele respondeu ainda olhando para a televisão.

- Sério? Eles são um pouco assustadores. - disse rindo de uma cena do filme.

- Eu consigo lidar, esqueceu da minha família? Eles são tão barulhentos que assustam até os vizinhos de anos no bairro.

Era tudo tão natural que parecia que estávamos nessa dinâmica há anos.

- Eu vou ligar para eles, até porque tem toda a questão de passagens e datas. Eles são obcecados por antecedência. - peguei um punhado de pipoca.

- Se quiser eu busco eles no aeroporto. - disse, finalmente me encarando.

- Faria isso? - fiz um bico e ele sorriu fino, assentindo com a cabeça. - Tudo bem, mas lembre-se de que foi você que pediu! Meu pai tem uma obsessão por facas e churrasco, já minha mãe acredite se quiser ela é obcecada por cachorros. Ela vai te dizer todas as raças que existem mas não se engane, ela é defensora dos vira latas, então não menospreze os cachorros que vivem nas ruas porque é capaz de ela cortar sua língua. - expliquei fazendo gestos com as mãos tal qual um professor ensinando matemática.

- Acho que eu vou me dar bem com seus pais, temos gostos idênticos e lutamos por causas parecidas. - ele fez uma careta convencida e eu gargalhei, tombando minha cabeça em seu peito com mais força.

- Se prepare pro interrogatório! Eles são cruéis nessa parte... - ergui um dedo sem encara-lo, ainda tombando em seu peito.

- Posso te fazer uma pergunta?

- Claro. - o encarei sorrindo.

- Eles fizeram tudo isso com Joseph?

Revirei os olhos com um sorriso singelo.

- Fizeram, mas adivinhe só, no começo era tudo um mar de flores, Joseph chegou à ajoelhar para os meus pais para pedir sua benção...foi uma coisa muito intensa para ter terminado desse jeito, agora meus pais só pensam em matá-lo.

- Eu não os julgo.

- Eu também não. - dei de ombros. - Mas não posso negar que fico preocupada, lembra da obsessão do meu pai por facas?

- Oh meu Deus! - ele gargalhou deitando sua cabeça no encosto do sofá e eu o acompanhei. - Eu preciso conhecer seus pais logo.

- Fala isso agora porque depois que conhecer vai desejar não ter dito isso.

- Eu sou muito cuidadoso com as minhas palavras, se eu digo algo é porque tenho certeza... - ele me encara. - E se tem uma coisa que eu tenho certeza é disso aqui.

Ele faz um gesto de mim pra ele.

- Obrigada por estar aqui, por me apoiar tanto. - murmuro aninhada à seu peito. - Às vezes tenho dúvidas se você é real.

- Eu me pergunto isso sobre você toda noite. - respondeu me abraçando.

checkmate, i couldn't lose • TayvisOnde histórias criam vida. Descubra agora