020 | Menina Veneno

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A S A F E
P E T R O V

Aparições de Adriana sempre me deixam estressado o dia inteiro, mas Evelyn me deixou calmo de todas as formas, me sinto leve como uma pena agora.

Após a partida de Roman, cedi à tentação e beijei Evelyn por mais dois minutos. Interrompi o momento apenas quando ela finalizou habilmente o nó da minha gravata, acompanhado por um adorável "vai logo, homem!" e um sorriso encantador, exclusivo dela.

Atualmente, estou a caminho de uma reunião com alguns membros da Bratva. Estou sentindo um pouco de estresse enquanto dirijo, desejando estar dentro de Evelyn do que dentro deste carro. O tráfego está um pouco complicado, mas tento manter a calma. A ansiedade pela reunião se mistura com o desejo de relaxar ao lado dela. Às vezes, o tempo gasto em trajetos parece interminável. Imagino como seria diferente se estivesse compartilhando este momento com Evelyn, tornando o percurso mais agradável. Enquanto isso, continuo dirigindo, ansioso para alcançar o destino e aliviar a tensão.

Evelyn, todos os meus pensamentos agora se dirigem a ela.

— Brocolisaurinho, você está tão calado.
— Roman me olhou.

— Roman, justo quando eu estava tendo um momento íntimo com a Evelyn.

— Desculpa, Asafe, eu só queria trazer um pouco da minha ilustre presença ao seu jardim de amor.

— Claro, porque todo jardim romântico precisa de um toque de interrupção floral à la Roman.

— Estou apenas tentando diversificar a experiência. Que tal chamarmos isso de "surpresa romântica inesperada"?

— Ah, sim, uma novidade revolucionária. Deve ser por isso que você não é chamado para planejar casamentos e sim para matar.

— Seria um desperdício de talento. Mas falando sério, desculpa, mano. Talvez eu devesse marcar minhas interrupções no calendário da próxima vez.

— Você obviamente deve fazer isso. — falei.

Estacionei o carro na garagem e suspirei, estou cheio de problemas pra resolver, e também estou cheio de cansaço para resolvê-los.

— Anton vai ficar bravo quando descobrir que estamos resolvendo as coisas sem ele. — Roman disse, fechando a porta do carro.

Ao baixar meus óculos escuros, um vento forte soprou, fazendo meu cabelo balançar, travei o carro e encarei meu irmão.

— Anton está fora dos negócios da Bratva até que eu diga o contrário. — acendi meu cigarro. — Anton nunca foi em missões que colocariam a vida dele em risco, ele nunca gostou de ir, mas em reuniões para usar um terninho preto e se aproveitar da Bratva Negra para ter a pose de chefinho, ele sempre gostou, isso não me agrada.

— Você tem razão.

— É, eu tenho.

Ao entrar no casarão da Bratva com Roman, percebi que havia passado algumas semanas desde a última visita, mas fiquei impressionado ao ver que Roman havia organizado tudo. Os homens estavam uniformizados e prontos, então dei o sinal para todos se dirigirem à sala de reuniões. Enquanto subíamos no elevador, uma sensação de familiaridade e dever preenchia o ambiente. Estávamos prestes a discutir estratégias e planos, e a confiança mútua entre nós era evidente. A atmosfera séria do casarão destacava a importância da reunião, e eu sabia que aquela visita marcaria mais um capítulo na nossa colaboração com a Bratva.

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