009 | Lágrimas do passado

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A S A F E
P E T R O V

Eu pareço um adolescente na puberdade, deveria me envergonhar disso.

Quando me posicionei atrás dela, foi impossível não sentir nada, eu sou um humano, está na minha natureza sentir tesão, mas ter Evelyn daquela maneira perto de mim me deixou em uma situação que eu não ficava há quase um ano.

Eu não tive como evitar, ela estava colada demais em mim, e olha, seus treinos deram um resultado imenso ali atrás, foi impossível não sentir ela ali.

E andar atrás dela, puta que pariu, essa mulher está aqui há quase duas semanas, eu agora tenho que evitar andar atrás dela para não ter que... me tocar.

Ainda não falei com Roman sobre o que aconteceu lá dentro da sauna há três dias, eu não sei se ele queria vingar de quando eu batia nele de verdade nas brincadeiras de lutas, mas se for isso, ele conseguiu se vingar.

Evelyn e eu tomamos café da manhã juntos hoje, foi impossível evitar, ela já me puxou para cozinha na hora em que abri a porta do quarto.

A canadense continua fazendo gracinhas para me fazer sorrir, tenho certeza que ela não vai desistir.

Abri minhas conversas com Roman e li as novas mensagens dele.

Roman Petrov:
Bonitão, já deu uns amassos na canadense?

Asafe Petrov:
Você voltou a usar drogas, Roman? Do que você está falando?

Roman Petrov:
Você continua evitando ela, Asafe! Na primeira oportunidade que nosso irmão teve, ele comeu sua futura noiva. Agora você pode comer a dele também.

Asafe Petrov:
Mandou me trancar na sauna com ela pra isso? Caralho, eu sempre desconfiei que você tivesse problemas mentais.

Roman Petrov:
Se eu estivesse no seu lugar, já teria agarrado essa chance.

Asafe Petrov:
Você é maluco.

Roman Petrov:
Sou seu melhor amigo e dou conselhos ótimos, não morra antes de fazer o caçula sentir na pele o que fez com você.

Eu vou te levar em uma consulta com a psicóloga, Roman.

Coisas que também não falei, desde que Evelyn começou a treinar aqui em casa, observo seu treino, acho que agora eu sou um viciado em observar os treinos de uma mulher canadense que usa shorts minúsculos e anda sorrindo até para as paredes.

Eu preciso evitar ela, isso está na minha lista imaginária de coisas que eu preciso fazer, mas está impossível.

— Eu ainda estou esperando meu pagamento. — Tate jogou uma almofada em mim.

— Eu já paguei o salário de todos os meus funcionários esse mês. — respondi.

— Pra um nerd, você é tão burro.

— Nerd?

— Eu te tranquei com a canadense bonitona, você nem agradeceu por isso.

— Eu vou agradecer pelo o que, seu puto? — joguei a almofada nele.

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