A Floresta

Página dois

QUEM É WILSON?

Hoje era o dia, saí mais cedo do trabalho para preparar um bom almoço ao meu pai, se estiver tudo bem ele chega antes das uma, cheguei do trabalho direto para o almoço, preparei um frango ao molho e arroz a grega, deixei na panela elétrica terminar de fazer o arroz e fui ao banho, troquei de roupa e coloquei um vestido branco e amarelo claro, enquanto estou no quarto escuto os cascos dos cavalos a galopar lá fora, estam chegando.
Desço e coloco os pratos na mesa e desligo as panelas, minha ansiedade me contagia e vou até a porta pra vê-los da sacada em frente, mas a imagem que vejo me preocupa, só tinha 4 pessoas, e os 4 estavam feridos, um bolo se formou em minha garganta ao ver meu pai ferido.

-pai oque ouve? O que aconteceu? O senhor está machucado - o ajudo a entrar em casa junto com seus amigos logo a trás

- um ataque, sofremos um ataque ontem a noite -disse William com o olho enfaixado

- ok está bem, vou pegar o kit de primeiros socorros

Procuro a caixa com pressa e tremendo, mexo em alguns armários e logo acho, vou na sala e vejo a situação deles e ajudo no que posso, nenhum estava com ferimento grave, sirvo comida para todos e refrigerante.

-estão bem? Agora me contem, o que aconteceu?

- ontem estávamos envolta da fogueira e resolvemos caçar próximo ao lago, nada longe, cada um foi para um lado e vimos um cervo lindo, aquele seria nosso alvo, estávamos próximos quando então...-uma tensão no ar ficou- um lobo negro, enorme, começou a corre em nossa direção tivemos que dar a volta no lago inteiro só pra sair de vista do lobo, em um momento ele pulou no Marcos e o mordeu em seu braço, foi sorte não ter arrancado, mas...o Wilson não sobreviveu, caiu da carroça em movimento, o lobo estava perto de mais para que pudesse pegá-lo... oh meu Deus.

Um silêncio se instalou na sala, eles estavam em melhor estado que antes, tinham, comido, bebido e se trocado estavam sentados e quietos a TV não estava ligada, a tensão no ar era evidente e o luto também.

- tá mas...quem é Wilson?

-como assim filha? ele tava aqui semana passada

-eu não lembro de nenhum cara chamado Wilson com a gente

- ele é irmão do William filha

- um cara chamado Wilson tava com a gente esse tempo todo?

- tava -disse Marco

-eu saberia que um cara chamado WILSON tava com a gente dês da semana passada

-ele que arrumou a máquina de lavar Marye - disse meu pai da cozinha bebendo água

- aaah Wilson, Wilson era um cara legal...
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- o que vcs vão fazer em questão do lobo, o lago é perto das casas, tem crianças perto, e ainda mais aquela mansão abandonada

- eu acho que tá até bem conservada pra uma mansão abandonada - disse Joseph que estava calado dês que chegou o moreno alto sempre foi quieto, a suas rugas e cabelos grisalhos só o deixavam cada vez mais sério, meu pai e seus amigos se conheceram assim que eu e meu pai se mudamos para cá.

- como a fera era? - perguntei curiosa

-era raivosa, feia, cheia de cicatrizes- disse quase cuspindo William

- nãoo, era alta, pelos pretos e sedosos, com presas gigantes - disse Joseph tomando seu café sem açúcar.

- eu não prestei atenção nas presas e sim nas garras manchadas de sangue, ele fedia a morte querendo a alma de cada um- praguejou Marco.

- aí credoo bate bate na madeira-dou uma batida na mesinha de centro da sala.

- eu não reparei nele, eu tava focado em me livrar dele e fugir eu ein

- Acho melhor vcs suspenderem as pescas essa semana, e vão a polícia denunciar a possível fera.

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Não era comum verem um fera, mas também não era raro, sempre tinha uma espécie nova por perto e era uma coisa mais diferente que a outra, mas agora tem uma morte no assunto e isso é perigoso para qualquer um. Garda era uma cidade em cima de um topo rodeada por campos e florestas escuras o sol era difícil de ver e então o clima gélido aparece, eu amava aquilo, porém o que tinha de contos e casos na cidade não se contava nos dedos.

Tinha alguma coisa aí ou melhor alguém.