Sou um lixo
Todo amante de música toca um violão.
Qualquer um anda de bike, meu irmão.
Qualquer um se levanta quando caí no chão.
Qualquer homem tem o dobro, irmão.
Mas eu não;
Mas eu não.
Qualquer um respira bem;
Qualquer um tem amor.
Qualquer um é alguém;
Qualquer um supera o rancor.
Mas eu não;
Mas eu não.
Todos dizem: "Bota, Bota, Bota",
Mas eu não.
Estou em outro canal.
Eu canto outra canção.
É real, eu sou mesmo especial;
Sou o único de Goiás: o câncer;
Vivo sem paz, sou mesmo banal;
Sem capricho. Eu sou um lixo;
Sou completamente superficial;
Arrebento como elástico, sou o plástico.
21 de outubro de 2023
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Canal11: O portal da depressão
PoetryPDF DO PROJETO: https://drive.google.com/file/d/1SVBWWE0NzCMBqXfEd2pIPmXzDuZcRyjD/view?usp=sharing Esta é uma coletânea a qual eu não fiz como algo completo, mas sim algo que apenas se torna concreto se levado em conta a sua sequência, "Amadurecimen...