Aperto
Eu realmente não acho que as coisas deveriam ser assim.
Mas enfim, seja assim. Não há o que fazer, no fim.
Não é como se o que viesse do lado exterior me importasse.
No final é tudo uma questão de fases.
O tempo passa, mas o aperto sempre volta.
Eu o largo, mas ele não me solta.
É uma sensação de saber que algo está errado.
Às vezes também sinto que o tempo está parado.
O que é meu, é meu.
E os pensamentos são meus.
Suas críticas e brincadeiras não me afetam,
Assim como as minhas não te afetam.
Talvez seja condizente que as coisas tenham um fim.
Mas enfim, as coisas são assim.
Não é como se não te avisassem,
Mas é como se algumas coisas te arrebatassem.
No fim da caça, vira escolta.
É um fardo que me enrola.
É como um cão irado.
Eu sei que algo está errado.
O que é teu, é teu.
Mas eu não sou teu.
Alguns se apegam,
Outros, em demasia, se negam.
E os espertos sonegam; Só negam; Só, negam.
27 de dezembro de 2023
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Canal11: O portal da depressão
PoetryPDF DO PROJETO: https://drive.google.com/file/d/1SVBWWE0NzCMBqXfEd2pIPmXzDuZcRyjD/view?usp=sharing Esta é uma coletânea a qual eu não fiz como algo completo, mas sim algo que apenas se torna concreto se levado em conta a sua sequência, "Amadurecimen...