19 - Pasto dizimado

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Pasto dizimado



A ideia de que não há ideia é uma boa ideia.

Assim que rasguei a minha traqueia, eu me libertei.

Logo eu ressurgi em minha forma verdadeira.

Alguns viram que, nos céus, eu voei.

E não foi "um dia de bebedeira".

Foi bem bacana, de fato eu amei.



Alguns dizem que eu sumi, mas estou bem aqui.

E o que beira a loucura não é loucura, é coisa nenhuma!

Mas eu te perguntou, você realmente esteve aqui?

Você quis pular do prédio, mas caiu feito pluma!



A disputa da loucura corre em minhas veias e nada me freia,

Nada me impede de viajar por entre realidades diferentes.

Viajo com Humberto e Bruno pelos quatro cantos do mundo.

E nos mares eu também já mergulhei fundo.



Por diferentes sociedades,

Refletindo diferentes verdades,

E ignorando todas mentiras.

Mentiras vividas são verdades distorcidas de sociedades falidas e enchidas de falsidade.



Então, eu exploro o espaço sideral como um dia vi a Aurora Boreal.

Tudo parecia tão irreal na primeira vista,

Mas, em vista, compreendo o mundo alternativo.

E ainda vivo, assim piro quando você rejeita e se junta a um encontro de jovens destruidores,

Intolerantes e futuros donos de abatedores.

Assim proliferam dores enquanto pregam mentiras aos senhores.



Schopenhauer já diria que isso é puro temor.

Sendo fugir de conviver com a dor que se deve lidar.

E assim, eles preferem não lutar e jamais mudar.

E dizem que você, no inferno, irá queimar.

Fazer o que, né? É só ignorar.



27 de dezembro de 2023

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