Inventa o que convém
Ele mente tão bem.
Ele mente para si mesmo.
Inventa o que o convém.
E finge que sente o peso.
Um menino que tentou, de sua mãe, ser diferente.
E, no final, ele conseguiu ser melhor que ela, realmente;
Melhor em mentir;
Omitir;
Enganar;
Falsificar.
Está no sangue.
Vivendo preso no palanque.
A maior qualidade dela
É conseguir aguentar o tagarela,
Um merda,
Que anda por aí e logo terá a sua queda.
Se acha o rei da passarela.
Menino,
Tu merece um chute na canela.
Ele mente tão bem.
Ele mente para si mesmo.
Inventa o que o convém.
E finge que sente o peso.
Um menino que vive na cidade caliente.
E, sim, ele só pode ser um demente.
Ele deve partir;
De repente, sumir;
E, finalmente, deixar de existir.
Está no sangue.
Sinta o efeito bumerangue.
Se ele voltasse no tempo.
Mudaria todo o momento.
"Não aguento".
Vive apenas no tormento.
Se acha o bonitão.
Menino,
Você é uma decepção.
Ele mente tão bem.
Ele mente para si mesmo.
Inventa o que o convém.
E, sem apreço, finge que sente o peso.
27 de outubro de 2023
VOCÊ ESTÁ LENDO
Canal11: O portal da depressão
PoetryPDF DO PROJETO: https://drive.google.com/file/d/1SVBWWE0NzCMBqXfEd2pIPmXzDuZcRyjD/view?usp=sharing Esta é uma coletânea a qual eu não fiz como algo completo, mas sim algo que apenas se torna concreto se levado em conta a sua sequência, "Amadurecimen...