CAMBOY 🕷

III: Tony!

Quando Peter acordou não sabia direito onde estava. Olhou em volta e não conseguia reconhecer que lugar era aquele, sentiu uma onda de frio passando pela sua pele e assim percebeu que estava nu.
— O-o que…
Tentou se levantar mas se deu conta que suas pernas estavam presas e seus pulsos amarrados arras das costas. Então subitamente se lembrou.
Harry em sua porta, com um vídeo de Peter sendo fodido por Wade na tela, e de repente Harry forçando um pano molhado e fedorento em seu rosto.
— Você acordou! — Peter tremeu ao ouvir a voz de do menino Osborn. — Já estava começando a ficar preocupado.
— Harry… o que…
— Calma, Peter… eu vou cuidar de você, não se preocupe.

[...]

— Peter!!! PETER ME RESPONDE!

Quando Wade voltou para casa sentiu um frio na barriga quando viu a porta aberta. Tinha certeza que tinha trancado a porta antes de sair.

— Peter! Petey! — correndo pela sala Wade viu o celular de Pater jogado no sofá com uma ligação em andamento. — Alô?
— Céus, finalmente! Wade, certo?
— Sim, onde está, Peter?
— Peter me deixou aqui há vinte minutos. Ele disse que iria abrir a porta para você, ouvi um grito dele e ele até agora não voltou para o telefone. Ele está com você? — a voz de Tony estava afobada e soava claramente preocupado.
— Não! A porta estava aberta quando cheguei. Peter não está em casa. PETER!

Peter não estava em casa, um grito foi ouvido, claramente o garoto estava em perigo.
"Pense, Tony… pense…"

— O colar!
— O que? — perguntou Wade ofegante ainda correndo pela casa.
— O colar que dei a Peter, sei que vai soar como um psicopata. Mas o colar que dei de presente a ele semana passada tem um localizador.
— Você é estranho para caralho.
— Ainda não ativei. Não iria fazer sem consultar, Peter. É uma coleira de segurança para quando a gente se encontrasse. Mas posso ativá-lá agora mesmo.

Wade respirou fundo. Só podia ser brincadeira.

— Liga essa merda então.

[...]

Peter estava com frio. Ainda sem roupas desde a sua punição, a única coisa que esquentava o corpo pequeno eram as meias nos pés. Olhando em volta Parker tentava identificar onde estava. Conhecia todas as residências dos Osborn mas aquele quarto… tinha certeza que nunca esteve nele.
Era pequeno, apenas uma cama e um guarda roupa, porém o que o deixava assustador era a falta de janelas. Era como uma caixa sem luz natural, precisava sair dali logo. Harry estava do seu lado mexendo no celular e fazendo algumas ligações com o teor completamente bizarro aos olhos de Peter.

— Harry…
— Peter, eu já te disse para calar a boca.
— Frio… eu estou com frio… — respirou fundo ainda tentando encontrar uma posição confortável. Era difícil com os membros amarrados. Osborn prendeu seus tornozelos e amarrou seus braços atrás das costas.
— Claro… — Harry sorriu. Um sorriso que fez Peter se arrepiar. — Não sou um monstro. — lentamente foi até o armário e buscou dois cobertores. Seria uma pena cobrir o corpo de Peter, mas seria ainda pior deixá-lo doente. Osborn cobriu o menor e aproveitou a situação para se deitar do lado dele.
— As marcas que eu deixei em você estão quase saindo… amanhã vamos garantir que iremos refazerlas, Peter.
— Harry por que…?
— Eles querem me tirar de você, Peter… você nunca mais vai ficar longe de mim. — Harry passou a mão pelo corpo do menor até chegar na bunda. — Eu vou desamarrar seus braços para você dormir, mas em compensação irei amarrar suas pernas até os joelhos.
Deu um tapinha em Peter e se levantou.
Com medo Peter olhou Harry sair pela porta do quarto, e se permitiu chorar um pouco. Não sabia onde estava, sem Wade por perto para protegê-lo e completamente vulnerável, à mercê das mãos nojentas de Harry.