Chapter twenty-seven

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- A sua casa é legal. -- Meena disse, analisando cada canto do lugar que adentrava com Aoom. A garota insistia que queria conhecer a casa da "Fada Aoom" e Aoom não pôde negar.

- Bem, não é minha, mas é aqui onde vivo. -- Aoom explicou, ajudando Meena, que caminhava com muletas já fazia alguns dias.

Ramida havia se recusado a ir, alegando que Meena precisava se entrosar com pessoas de sua idade e precisava de um pouco de liberdade para crescer; alegou também confiar sua vida em Aoom, já que estava lhe entregando sua joia mais preciosa por um fim de semana inteiro.

- Wilker? -- Aoom perguntou surpresa quando viu o amigo. Fazia bastante tempo que não o via por ali.

- Oi, moças. -- Ele disse sorrindo para Meena e Aoom. Pailiu que estava junto a ele, fez o mesmo.

- Olá. -- Meena disse gentilmente.

- Pode subir a coisas de Meena para mim? Vou precisar levá-la e...

- De jeito nenhum. Eu a levo, Aoom. Aquela academia tem que servir para alguma coisa além de me deixar gostoso. -- Ele brincou, vendo uma expressão cética se formar no rosto de Aoom.

- Tem certeza? -- Perguntou. -- Digo, não a deixe cair ou algo assim.

- Deixa comigo. -- Ele disse e Aoom só deixou porque ele a carregava sempre escada acima quando estavam brincando entre eles.

- Vou na cozinha preparar algo para comermos. Ela não come já tem umas quatro horas. -- Disse, vendo Pailiu erguer as coisas de Meena e as muletas e Wilker levantar a garota. -- Me espera lá em cima que eu já vou, Meena.

- Você é amigo da Aoom desde muito tempo? -- Meena questionou enquanto o rapaz a carregava nos braços.

- Desde que ela se mudou para esta cidade. -- Ele explicou.

- Oh. -- Meena disse. -- E isso é quanto?

- Não sei. Uns quatro ou cinco anos.

- Oh! Obrigada. -- Ela agradeceu assim que ele a colocou no chão, pegando suas muletas de Pailiu, que havia lhes seguido.

- Não precisa agradecer, você é minha futura cunhadinha. Se faz a Aoom feliz já está bom para mim. -- Meena franziu o cenho.

- Cunhadinha? -- Perguntou confusa.

- Sim. Eu sou melhor o amigo da Camila. -- Explicou. -- Mas apesar de ser meio bobão eu sou gente boa. Não sou, Pailiu? -- Perguntou.

- É, Cara. -- Pailiu assentiu, tocando em sua mão.

- Rá, moleque. -- Ele disse rindo. -- Então, eu considero Aoom como uma irmã. Então se você não é só amiga da Aoom, tenho certeza que no futuro você será minha cunhada. -- Meena voltou a entortar a expressão em seu rosto.

- A Aoom não é só a minha amiga? -- Perguntou e Wilker suspirou.

- Diz uma coisa, vocês dão umas bitoquinhas? -- Meena franziu o cenho novamente. -- Beijinho na boca? -- A menina assentiu sorrindo logo em seguida e Wilker riu.

- Rá, moleque. -- Ele disse, tocando novamente não mão de Pailiu, que também riu ao descobrir aquilo. -- Estou me sentindo muito professor, fala aí? -- Riu mais um pouco, retomando o fôlego instantes depois. -- Desculpe, me empolguei. -- Disse. -- Então como eu dizia, quando duas pessoas que se gostam elas agem assim, com beijinhos e tchuneves, mas Aoom é certinha demais para ter feito tchuneves com você, então tenho certeza de que não chegaram lá ainda.

- O que é isso? -- Meena perguntou, mal podendo pronunciar a palavra.

- É uma gíria que eu e as meninas inventamos para... ouch! -- A cotovelada de Pailiu fez o garoto calar a boca.

Em um piscar de olhos - MeenbabeOnde histórias criam vida. Descubra agora