Reencontro e Ciúmes.

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Oi! Bem vindo (a). Sei que é chato ficar repetindo, mas vou mencionar novamente que as falas do nosso menino Rams são escritas *propositalmente* erradas, pra aperfeiçoar com o jeitinho dele de falar.

➡️ Sugiro que leia minha outra fic "A few first times", pra ter mais sentido, afinal, uma personagem original aparece, e pra se situar melhor, só lendo o flashback do pequetito no segundo cap.
Enfim, é isso, boa leitura! 💚.

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Os funcionários do Naitendei se encontravam no salão, perto da porta da frente, tentando decidir se fariam ou não uma decoração nova no bar. Com Antônio La Selva morto e Irene La Selva desaparecida, a cidade parecia ter ganhado um novo ar. Tudo parecia mais leve, mais colorido. Com isso, o movimento do bar aumentou. E com um salário a menos pra pagar (Já que Berenice não trabalhava nem morava mais no estabelecimento) uma mudança no visual foi sugerida por Luana.

Kelvin achou uma boa ideia, mas preferiu não se meter muito na decisão final, já que, geralmente, acabaria com alguém ameaçando dar uma caldeirada em alguém. Ramiro também trabalhava no bar, ajudando onde precisassem. Ele dizia que se sentia incomodado de mais em ficar "na aba" no marido, argumento que já tinha sido rebatido pelo próprio diversas vezes, não pela vontade de ajudar no bar, mas sim pela forma como Ramiro falava.

Agora o casal está no canto do bar, perto das escadas, como costumavam fazer depois de assumirem o namoro. Eles conversavam baixinho entre si, quando perceberam que as falas haviam parado abruptamente. Ao tentar entender oque tinha acontecido, Kelvin se aproxima mais do balcão, na ponta dos pés, e por cima das cabeças consegue enxergar uma moça levemente alta, com cabelos cacheados e curtos. Antes que pudesse reagir, a mulher grita:

- "KEL, MEU AMOR!". Ela chega mais perto e abre os abraços, indicando um abraço.

- "THAIS?". Kelvin responde, avançando pro abraço, seus olhos arregalados enquanto tenta entender tudo aquilo. Era realmente ela. Aqui, pessoalmente, agora com o cabelo mais curto, um piercing na sobrancelha, uma mochila nas costas e um sutil sotaque carioca.

- "Em carne e osso". Thais o abraça forte. "Nem acredito que cê casou primeiro que eu. Deixa eu ver essa aliança!" Diz, pegando a mão do garçom e dando uma olhada bem de perto no anel. "É linda! Cadê o marido?".

- "A-ah, calma aí! Gente, essa é a Thais". A mulher acena freneticamente com um sorriso no rosto. "Conheço ela desde novinho". Ele fala, todo sorridente. "Rams, essa é a Thais que eu te falei". Quando Kelvin termina de falar, Ramiro, que observava de longe, ainda no cantinho, se aproxima para cumprimentar a amiga de Kevinho.

- "Eai, Rams Rams?". Thais comprimenta o ex peão com uma espécie de "toca aqui", deixando o homem meio surpreso, tanto pela maneira de comprimentar inesperada, quanto pelo apelido.

- "Opa. Bão?". Rams responde após a batida de mãos, e Kelvin percebe que as mãos do marido estão inquietas, então ele o abraça.

- "Vocês tão casadinhos. Da pra acreditar? Rams, amei seu cabelo, by the way. Gente, é um prazer. Queria uma caipirinha". A moça fala, indo em direção ao balcão. O ex peão pensa: "Meu cabelo é 'bai' oque?", e antes que ele possa dizer qualquer coisa sobre como resposta, Iná e Polerina praticamente se atiram nela, e Zezinho se prontifica a preparar o drink.

- "Ela é incrível, não é?". Kelvin pergunta, mais retoricamente do que pra Ramiro. Eles se soltam do abraço, e Rams assiste o marido se juntar às meninas, suspirando alegremente ao involver Thais em outro abraço.

Ramiro fica feliz por Kelvin. Mas ele se sente estranho. Sem saber oque fazer, ele se senta em uma das mesas e acompanha de longe oque se passa. Ele percebe o quão bem recebida Thais está sendo. Ele quer levantar e se inturmar, mas algo o impede. Essa sensação que o impossibilita de se mover, como se, internamente, houvesse um medo de estragar tudo apenas por estar presente. Então Ramiro fica ali, distante, como tem costume de fazer.

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