Ep 37

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Ficamos até amanhecer na balada, depois de discutir com o Tom, eu não o vi mais, e não sei se quero falar com ele. Eu fico me perguntando, se eu tenho tanto ciúmes dele com a Brie, por que eu a defendi ontem?

Ai, agora são 14:00 da tarde, eu acabei de acordar, minha cabeça tá doendo horrores por conta da bebida que tomei ontem. Eu nunca bebi tanto igual ontem.

Viemos todos para o meu apartamento, pois até então ele era o mais perto né. Aliás, a gente trouxe a Brie junto, o Tom simplesmente sumiu e não atende o celular pra nada na vida. O Bill disse que ele deve ter tirado um tempo para pensar, ou sei lá, eu odeio fingir que não me importo, mas na real eu me importo muito.

Decidi me levantar da cama, nossa, minha cabeça está pesando uns 3 kg. Abri a cortina do meu quarto

Lizzy: puta que pariu, nossa. - fechei novamente

Que ideia tosca foi essa de abrir a cortina? Coloquei um roupão e descalço mesmo desci até a cozinha para tomar um copo de leite.

Desci as escadas, e quando cheguei na cozinha me dei de cara com a Brie, ela estava tomando um copo de leite também

Lizzy: Bom dia

Brie: bom dia. - ficou um Puta climão - olha, desculpa pela bebida no seu vestido

Lizzy: ah, relaxa, não foi nada demais - ué, ela tá puxando assunto?

Brie: você... você e ele, tiveram algo? - ela deu um gole no leite que estava segurando

Lizzy: não tivemos algo sério, a gente ficou algumas vezes e foi só isso

Brie: eu sinto que ele sente algo por você

Lizzy: como assim?

Brie: Lizzy, ele não fala de você como uma amiga! E você é o foco da atenção dele quando estão no mesmo ambiente.

Lizzy: nada ver. Ele sempre ficou com outras, mesmo estando ou não comigo - eu a interrompi

Brie: mas com você é diferente, ele sempre volta

Ele sempre volta? Confesso que essa frase me pegou muito. Pois nunca parei pra pensar dessa forma. Enfim, não vou me importar com isso.

Brie: Lizzy?

Lizzy: oi? Desculpa, acho que ainda tô dormindo.

Brie: tudo bem. Vou voltar para o quarto - ela lavou o copo em que tomou leite e voltou para o quarto de hóspedes onde ela estava.

O Bill então apareceu na cozinha também

Bill: oi amor, tá aqui

Lizzy: hm, bom dia

Bill: tá fazendo o que?

Lizzy: estava conversando um pouco com a Brie

Bill: oi?

Lizzy: ela quis saber sobre eu e o Tom e ela acabou falando algo que eu fiquei com isso na mente..

Bill: o que?

Lizzy: que o Tom sempre volta pra mim

Bill: você sabe dos sentimentos dele por você - Bill deu um gole no café

Lizzy: eu fico me perguntando, o que trouxe isso... ele é um cara frio, meio na dele

Bill: Lizzy, meu irmão não é frio, ele não sabe lidar com sentimentos e por isso ele reprime. Com você foi diferente porque você nunca foi embora, você permanece aqui e mesmo vocês dois brigando muito, você demonstra

Lizzy: eu conquistei seu irmão?

Bill: não é óbvio? Ele fica te rondando pra te proteger de qualquer coisa, quando tava internada, ele dormiu lá com o Alisson pra ficar com você, ele demonstra do jeito dele.

Cara, eu me sinto péssima por nunca ter parado pra pensar dessa forma, me sinto culpada por não ter percebido antes tudo o que o Tom faz por mim e eu só julguei ele

Lizzy: eu sou uma tonta - coloquei a mão no rosto

Bill: percebeu?

Lizzy: Bill, eu amo o Tom. Eu não consigo mais me ver longe dele, me agonia quando brigamos

Bill: ele tá numa casa que sempre íamos quando criança, era dos nossos avós

Lizzy: que?

Bill: é o lugar de escape dele

Lizzy: como eu chego lá?

Bill: vai, te mando o endereço por SMS

Na mesma hora eu sai correndo, peguei as chaves do meu carro e fui. Eu só fui atrás do Tom. Nunca na minha vida pensei que iria correr atrás de alguém, mas, cá estou eu, descendo correndo até o carro.

Eu estou literalmente correndo contra o tempo, tenho medo de chegar lá e ele já ter saído, não sei. E se eu chegar lá e ele estiver com alguém? Nisso eu não pensei

No GPS estava marcando aproximadamente 2h até a casa que ele estava, será que consigo fazer esse trajeto de 2h em 1h?

Acelerei como nunca na minha vida, o velocímetro do carro marcava 200 km/h

Dirigi por 1 hora e 30, até que cheguei na casa, era no meio do nada, era lindo por fora, haviam árvores, um lago, um jardim muito lindo e a casa aparentemente era muito aconchegante. O carro do Tom estava lá, então significa que ele também deve estar.

Parei meu carro em frente a entrada da casa, coloquei uma blusa de frio e sai do carro.
Caminhei até a porta de entrada, apertei a campainha...

Ninguém atende. Apertei de novo, duas vezes... três vezes... quatro vezes

É, acho que realmente ele não está em casa.

Quando dei as costas

Tom: Lizzy? - eu parei e me virei - Como sabia onde me achar?

Eu não falei nada, só sai correndo em direção ao Tom e o abracei

Tom: o que foi? O que rolou? - ele me segurou

Lizzy: me perdoa - eu o apertei mais

Tom: te perdoar?

Lizzy: nunca parei pra pensar em todas as suas formas de demonstrar que gosta de mim, e nunca parei pra te agradecer por nunca ter me deixado. Você sempre volta pra mim. - Ele me soltou, segurou na minha nuca e sorriu

Tom: finalmente você percebeu - ele me puxou pra perto e me beijou. Nos beijamos por um longo tempo, até que ele me pegou no colo e me levou para dentro da casa.

As coisas com o Tom sempre finalizam com sexo, e dessa vez não foi diferente. Na verdade foi sim, não foi só mais um, mas sim um sexo com saudade.

Ele não é nada carinhoso nessas horas, ele me segurou com força e colocou os dedos entre meus cabelos e puxou, soltei um gemido o que aparentemente o deixou mais excitado.

Continua...

De volta ao passado || -Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora