O adeus talvez não vá escutar.

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                                ★

  

   Após Noé e Vanitas estarem prontos para partirem, Noé acaricia Murr, com medo de ser a última vez que o verá. Mal tinha conseguido dormir noite passada, pensando sobre a tal Besta da noite. Mas se confortava ao pensar que ao menos, poderia morrer ao lado de quem amava. Claro, que quem morreria, poderia ser Vanitas, mas Noé preferia mil vezes que morresse no lugar dele.

  — Boa sorte meninos. – Amelia fala, após Noé colocar Murr em seus braços.

  — Obrigado. – Noé sorri para a garota.

  — Vamos, já está na hora. – Vanitas fala dando dois tapinhas no braço de Noé, pedindo-lhe para que o acompanhasse.

  O vampiro assente, se despedindo de Amélia, e seguindo Vanitas, meio nervoso.

  O menor percebe o nervosismo do moreno,  então tenta fazer algo para ao menos tirar seus pensamentos negativos.

  — Ei, não está com medo está? – O humano brinca um pouco para amenizar o clima.

— Ah? Claro que não! Eu to ótimo! Só meio...sei lá.

  — Sei lá? Que sentimento estranho.. – Ele ri da cara do vampiro, então dá dois tapinhas em suas costas, falando que vai ficar tudo bem, e funciona até, Noé estava mais calmo agora.

  

                               ★

 
  Os dois caminham pelas ruas escuras de Paris, a noite estava fria, e tudo estava muito quieto, só sendo possível ouvir seus próprios passos.

  Noé sente um calafrio, e uma forte presença vindo de um beco não muito longe de onde eles estão.

  Então a dupla chega a conclusão que ali era o destino deles.

  Antes deles partirem, Vanitas investiga em que os casos de ataques estavam mais frequentes, e percebe que a maioria das mortes, são de homens adultos.

  Ele lê que a besta mata as vítimas de uma forma brutal e dolorosa, como se a fera estivesse com uma certa raiva quando matava essas pessoas. Isso fez Vanitas ficar curioso, querendo saber do porquê.

  — Vanitas...tem certeza que quer entrar? – Noé fala ao humano, enquanto encarava aquele beco escuro e muito provavelmente sem saída.

  Vanitas olha para o vampiro, com um olhar determinado, só que meio melancólico ao mesmo tempo.

  — É tudo ou nada. – Noé assente.

  Os dois entram no sombrio beco, dando passos leves e silenciosos, teriam que esperar qualquer coisa.

  Ambos escutam um barulho atrás deles, e viram bruscamente, se preparando para lutar. Eles percebem pingos de sangue caindo do alto, fazendo eles olharem para cima, proporcionando-lhes uma cena não muito agradável. Havia um homem pendurado de ponta cabeça por fios. Ele estava cheio de arranhões, e claramente não estava mais vivo.

  A dupla Fica horrorizada com a cena, fazendo Noé dar dois passos para trás, e acidentalmente tropeçar em um fio, e Vanitas percebe que haviam centenas de fios espalhados pelo beco, como se fosse uma teia de aranha, apenas esperando sua vítima ficar presa.

  — M-merda. NOÉ! FIQUE ATENTO!

  Quando Vanitas diz, um fio puxa a perna de Noé, fazendo ele ficar de ponta cabeça lá no alto, um pouco distante do corpo do homem.

O sol depois da tempestade - VanoéOnde histórias criam vida. Descubra agora