JEON JUNGKOOK
A pequena criatura em meus braços, tremia igual vara verde, estávamos em um pequeno barco atravessando o mar em direção ao navio, mas Jimin parecia que a qualquer momento cairia fora do meu domínio, pois se agarrou no meu colo como um gato que não gosta de tomar banho, sinceramente, o ruivo precisava urgentemente de um banho, cheirava a peixe morto e tinha a roupa grudenta.
— Pare de balançar, praga! Se não, esse barco vai nos virar no mar! — repreendi em alto som até que Jimin se aquietou em meu colo. — Bom garoto.
─ Capitão Jungkook... Eu estou achando isso muito estranho, por qual motivo está me levando? Quer dizer, eu só sou uma escória da sociedade. — sussurrou lançando um olhar desconfiado para mim.
Hesitei pela primeira vez em minha vida, ninguém tinha sido tão cru em suas palavras, encarei os olhos amendoados do ruivo e vi ali pureza e inocência em todos os aspectos, não poderia simplesmente dizer toda a verdade agora... Tinha uma grande sorte de ele aceitar vir consigo.
— Peixinho, eu ando a procura de um amor a muito anos... vi você e seu corpo cheio de curvas não pude perder essa oportunidade, entende? — expliquei brevemente acariciando as bochechas cheias de sujeira.
O Park ficou quieto, como se não tivesse palavras, então apenas ficou olhando o mar tão perto de si, hoje estava um dia ensolarado e a água salgada brilhava com o reflexo da grande estrela solar. O homem, ruivo igual Jimin, que navegava levou os dois até o navio absurdamente gigante, a popa do navio era envernizada as ondas batiam suavemente no assoalho, os mastros que sustentavam as velas, Park estava maravilhado com a grandeza quando paravam na frente da escada que levava para dentro da embarcação, Jimin fincou sua unhas no meu braço e olhei com diversão.
— Ei... está me arranhando, gatinho. — disse observando o ruivo roer as unhas ansioso, ri e levantei com ele no colo. — Vamos, me largue, criatura. Não vai cair, estou aqui com você.
Jimin ficou em pé no barquinho, e pegou na escada feita de cordas e madeiras para apoiar os pés, e subindo devagar, rezando preces sem parar, revirei os olhos mas adorei a linda visão do traseiro redondo do humano... quer dizer, do Park. Ele subiu no estibordo, e ele nem percebeu que num piscar de olhos eu já estava ao lado dele, o garoto estava ocupado olhando ao seu redor que nem percebeu o movimento suspeito. E muito menos percebeu que aquele navio pirata, não tinha nenhuma âncora para deixar o navio parado por muito tempo.
— Gostou? Será seu novo lar. Hoseok, chame todos aqui. — perguntei interessado nas reações dele, olhou ao marujo que estava ao seu lado, que logo corria pelo navio.
Os olhos curiosos como duas amêndoas estavam maravilhados, provavelmente nunca entrou numa embarcação como aquela.
— Isso é demais, senhor. — comentou, segurando suas roupas sujas. Seus olhos estavam brilhando, querendo chorar e me desesperei. Como eu posso amparar a pequena criatura?
— Não é... vamos parar de chorar, está perdendo água do seu corpo desse jeito. — resmunguei, percebendo os tripulantes aparecendo no convés para ver Jimin. — Olhe, Jimin, conheça minha tripulação.
Park se atentou a cada ser vivo, vamos dizer assim, que pararam em sua frente. Uns sorriem, outros tinham uma careta feia naturalmente, mas o primeiro que se apresentou foi um homem de cabelos castanhos claro e que tinha buracos esquisitos em suas bochechas.
— Olá, Jimin! Me chamo Jones, mas pode me chamar de furinho. — disse sorridente, apertando a mão de Jimin, que tombou a cabeça, curioso.
— Furinho?
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Despertar das marés 🔱 Jikook
FanficAs coisas mais inesperadas acontecem quando estamos no fundo do poço, com Park Jimin não foi diferente, ele é apenas um órfão, que limpa as sujeiras dos portos para ganhar algumas moedas, sua única opção é se casar com um açougueiro fedorento e pati...