Cap. 17 - Corações que só sabem se magoar e magoar os outros

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Amargurada pelo noivo sem coração que havia lhe deixado sozinha e ido atrás da ex, Ino se aproveitou da companhia de Sai e contou tudo que lhe incomodava como se fossem íntimos, reclamou de tudo que passava pela sua mente juntamente com a bebida mais forte do local sem controle algum apenas bebendo um copo após outro.

Sai não era muito sociável, não tinha amizade com os Yamanaka, mas tinha consciência de sua influência através da NRH.

Agir de manso sempre foi o estilo livre dele, mas encontrar uma garota em estado tão deplorável também não era a chance perfeita de intervir em uma nova família? Em um novo status social? De qualquer jeito, Ino e Sasuke ainda não estavam casados, ele tinha uma chance.

Todas as ideias que passavam na mente de Sai bateram em retirada quando eles saíram do restaurante. Ele podia ter seus defeitos, mas não era um canalha, não era uma pessoa inocente e muito menos mau-caráter à esse ponto.

— Vou chamar um táxi, vou deixar você na sua casa e depois vou embora, uber hoje em dia também é perigoso e se tiver bêbada pior ainda — disse chamando o uber mais perto que tinha no aplicativo, levaria menos de três minutos pra chegar.

Nas últimas duas semanas, haviam sido registrados cinco casos de mulheres que foram violentadas por motoristas de aplicativo. Felizmente, o ID dos taxistas foi localizado e eles foram pegos, mas nunca se sabia se havia mais pessoas desse tipo.

Ino estava com suas bochechas rosadas de bêbada, mas ainda conseguia se manter em pé, mesmo que trocando seus passos.

Levaram poucos minutos para chegar até a casa de Ino após a chegada do uber.

— Vou só deixá-la dentro da casa dela e volto, pode esperar? — pediu ao taxista.

— Hã? Mas já vai? — Ino estava realmente bêbada — Não vai entrar? Ainda posso beber.

— Eu tenho uma corrida, acha que vai demorar? — perguntou o uber.

Sai suspirou, teria que pegar outro então.

— Aqui — Pegou algumas notas em sua carteira e passou para o banco da frente — O troco é seu.

— Obrigada — respondeu ao pegar o dinheiro.

Ino deu trabalho para sair do carro e até para chegar na porta de sua casa. Sai a apoio em seu pescoço para a carregar até a entrada.

Uma senhora de cabelos grisalhos usando um body por cima da camisola atendeu a porta. Atrás dela estavam duas jovens de pijama.

— Senhorita Ino! — A senhora disse já passando o braço livre de Ino por seu pescoço.

— Senhora Kinami, pode trazer mais dois vinhos pra gente? — pediu com a voz embriagada.

— Ainda quer beber? — perguntou a Senhora em tom repreensivo — Você nem se aguenta em pé, vamos te levar para o quarto.

— Não vão me trazer nada pra beber? — Fez voz de dengo.

— Esqueça isso, Senhorita Ino! — disse duramente a senhora.

Assim que tentou retirar o braço em que apoiava Ino e passar para uma das empregadas, Ino o agarrou pelo pescoço e não soltou.

— Só vou se ele me levar! — Fez birra.

— Senhorita Ino, isso não é apropriado! — respondeu a senhora Kinami.

— Governanta, ela não quer soltar — disse uma das garotas que tentava ajudar Sai a se soltar.

— Como é que ela ficou tão bêbada? — Olhou para Sai esperando que ele respondesse.

Todo meu (SasuSaku)Onde histórias criam vida. Descubra agora