Luffy estava correndo.
Ele estava fugindo dos marinheirosve das pessoas que queriam executar seu irmão. Execute Ace. Luffy não iria parar agora quando estava perto de atingir seu objetivo. Os marinheiros vieram atrás deles em massa, e Luffy estava lutando contra eles da melhor maneira possível, sem se importar se ele os nocauteava ou não. A única coisa que importava era tirar seu irmão, a pessoa ao lado dele, lutando ao lado dele, de Marineford. Longe de todos que querem machucá-lo. De volta ao mar, de volta à sua tripulação.
Luffy decidiu que gostava da tripulação de Ace. Eles estavam lutando com tudo que podiam tentando libertar Ace. Mesmo agora eles estavam abrindo caminho para os irmãos durante a retirada. Eles lutaram com unhas e dentes, e Luffy ganhou respeito pela tripulação do Imperador. Eles cuidavam de Ace, e isso era tudo que Luffy precisava saber. O Velho do Bigode era forte, tão forte que Luffy ficou impressionado com a demonstração de poder. Nunca realmente sobre o homem em si, mas sobre o poder puro que ele usou. Mas a parte mais importante era que ele amava Ace. Ele se autodenominava pai de Ace, Ace, seu filho.
E Luffy sabia que a coisa que Ace mais queria, mesmo não dizendo, era uma família.
Um pai que o queria.
Luffy sabia o jeito que Ace se odiava, o jeito que ele mantinha a escuridão em seus olhos que nunca ia embora, apenas era enterrada. Luffy ainda viu isso quando Ace partiu para sua aventura, mas não mencionou isso.
Luffy não menciona muitas coisas, porque sabia que Ace não iria ouvi-lo, não sobre essas coisas. A maneira como ele se olhou no espelho e se encolheu ao ver o início dos pelos faciais que se transformariam em bigode. A forma como ele não dormia algumas noites quando pensava que Luffy estava dormindo, olhando para o céu e perguntando se ele merecia viver. A maneira como ele não se importava com os golpes que levava, com os esfaqueamentos, com os tiros, com as queimaduras, porque Ace achava que merecia. Luffy odiou, mas tentou de tudo que podia, e a única coisa que ganhou como recompensa foi a tristeza disfarçada.
Luffy odiou.
Mas quando encontrou Ace em Alabasta, a escuridão era quase inexistente. Ace estava feliz. Ele se animou quando Luffy mencionou sua tripulação, os olhos rindo das memórias. A escuridão quase desapareceu, uma sombra do que era antes. Isso deixou Luffy tão feliz que uma sensação de calor irrompeu em seu peito, secretamente aliviado porque a pequena preocupação que ele tinha por Ace era desnecessária. Que Ace sabia que pertencia a algum lugar que não fosse com Luffy. Luffy se separou de Ace com esperança no futuro. Tendo esperança de que Ace não desaparecesse porque era demais. Que todas as palavras e provocações não iriam afetá-lo. Luffy sabia que Ace era forte, mas Luffy sabia que a força mental era uma batalha diferente.
A batalha que Luffy viu Ace lutar todos os dias, aguentando firme e nunca ultrapassando o limite.
Luffy se lembrou de momentos em que viu a escuridão nos olhos de Ace ficar ainda mais sombria.
Quando ele olhou muito para um penhasco.
Quando ele olhou com muita atenção para um galho resistente.
Quando ele olhou muito para uma faca no Terminal Cinza.
Luffy sempre conseguia distrair Ace, tirando sua mente do que quer que estivesse lutando. Isso aconteceu muitas vezes após a morte de Sabo, e especialmente no aniversário. Luffy fez o seu melhor, tentando confortar Ace com todo o seu amor e adoração. Luffy sabia que isso ajudava, mas a escuridão nunca foi embora completamente.
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O Fogo e o Sol
Fanfiction"A-Ace..." "Eu sei que minha vida tá chegando ao fim... por isso, me escuta, Luffy..." "Ace..." "Escuta com atenção o que eu tenho pra te dizer, você pode contar pra todo mundo depois... Pai, pessoal, e você Luffy...Mesmo que eu não tinha sido nada...