Capítulo 3

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Ace acordou com um suspiro. 


Sua cabeça latejava e seu corpo rangia. Ele esperava a sensação de algemas em seus pulsos, então quando isso não aconteceu, Ace se levantou. Ele estava respirando profundamente, o peito subindo e descendo rapidamente. O movimento repentino causou uma pontada de dor em sua cabeça. Ace gemeu e segurou a cabeça entre as mãos. Foi como se uma espada de metal frio atravessasse sua orelha e apunhalasse seu cérebro. Ace nunca teve enxaqueca antes, mas acha que é assim que se sente uma enxaqueca. Ele abriu os olhos para uma luz forte, fazendo-o fechar os olhos novamente. 

Ele esfregou as têmporas, esperando que a dor passasse. 

“Ace?”

Ace abriu um pouco os olhos, vendo Marco. Ele piscou, tentando ajustar os olhos. Agora que olhou em volta, Ace viu que estava em uma sala médica, com instrumentos médicos espalhados nos armários. Ele reconheceu vagamente que era uma das enfermarias dos Mini Mobies. Sua cabeça latejava novamente e ele fechou os olhos. 

“Marco? Sinto como se tivesse sido atropelado por um trem. O que aconteceu?"

Ace abriu os olhos para olhar para Marco, o que não doeu tanto quanto antes. Ele observou Marco ficar em conflito, mas sentou-se na cama. Marco olhou para ele com olhos que deixaram Ace inquieto. Marco ficou em silêncio por um momento, refletindo sobre suas palavras.

"O que você lembra, garoto?"

Ace ficou confuso e semicerrou os olhos para Marco com mais força. Ace grunhiu e pensou em suas últimas memórias. Ele se lembrou de algemas e dor, de uma guerra...

“Eu sou seu irmão!!”

Ace enrijeceu, tudo voltando com força total. Suas mãos começaram a tremer.

Não tenho simpatia por criminosos. Mas eu faço pela família... O que devo fazer?!”

O rosto manchado de lágrimas do vovô ficou marcado em suas memórias. Ace começou a respirar pesadamente, seu peito subindo rapidamente.

"Eu consegui!"

O sorriso talentoso de Luffy mostrado na escuridão da guerra. 

Uma luz brilhante que resgatou Ace de seu destino.

"Ace."

A voz cortada jogou sua cabeça, fazendo-o segurar a cabeça de uma forma que não tinha nada a ver com sua dor de cabeça. Seus olhos tremiam incontrolavelmente, às vésperas de um colapso. Marco lentamente se aproximou, mas não tocou em Ace. Marco sabia que não deveria tocar em Ace sem permissão neste estado. Tudo o que ele podia fazer era dar-lhe o conforto da sua presença. 

"Estou cansado. Vou... tirar uma soneca agora.”

A voz era fraca, mas forte ao mesmo tempo. 

Ace olhou para Marco, desespero em seus olhos. Seu corpo estava tremendo. Suas emoções guerreavam dentro dele, fazendo tudo parecer instável e descontrolado. 

“Diga-me que não é verdade.”

Marco desviou o olhar e balançou a cabeça. 

O Fogo e o SolOnde histórias criam vida. Descubra agora