Contaminação (KkakaVege) - | TRADUÇÃO |

Desnaturação

Se Vegeta fosse capaz de sentir alguma coisa pelo soldado curvado na câmara de descompressão, isso teria ficado em algum lugar entre pena e desgosto total. O soldado havia sido claramente torturado durante o interrogatório de Zarbon, se seus ferimentos servissem de indicação - um braço pendurado em um ângulo anormal em seu ombro, partes de seu pelo estavam queimadas e com crostas de sangue, e uma pálpebra estava inchada e fechada sob um scouter quebrado.

Pelo que Vegeta sabia, ele se saiu bem.

“Você vê, Vegeta? É assim que se parece a escória traidora,” Freeza disse, passando por Vegeta para dar uma olhada mais de perto pela janela interna da câmara de descompressão. “Todas as informações falsas que recebemos sobre Voduria foram todas atribuídas a esse miserável alimentador de fundo bem aqui. Os Vodurianos certamente escolheram uma desculpa esfarrapada para ser um espião.”

Freeza fez uma pausa para tomar um longo gole de sua taça de vinho.

“Agora você, por outro lado,” Freeza continuou, lançando um sorriso de escárnio na direção de Vegeta. “Você não é um traidor, Vegeta. Você simplesmente foi um macaco mau. Mas, felizmente para os macacos maus, uma simples lição de obediência será suficiente.”

Vegeta manteve uma expressão neutra enquanto a raiva explodia dentro dele. Ele cruzou os braços sobre o peito, as bandagens sob o traje de batalha roçando sua pele, costelas recém-quebradas doendo enquanto sua cauda apertava sua cintura. Apenas algumas horas antes, Freeza havia entrado na enfermaria, quebrado a cápsula de cura de Vegeta e feito o seu melhor para destruir o corpo mal curado de Vegeta enquanto ele ainda estava fraco demais para revidar. Sem uma cápsula de cura, levaria dias até que as feridas de Vegeta fechassem e seus hematomas desaparecessem, e as cicatrizes deixadas para trás seriam permanentes.

“Agora, Voduria pode ter sido um desperdício de planeta,” Freeza continuou, e Vegeta resistiu à vontade de rosnar enquanto Freeza se aproximava dele. “Mas não me lembro de ninguém lhe dando ordens para destruí-lo, Vegeta. E você sabe que simplesmente não posso permitir que macacos estúpidos tomem decisões táticas importantes como essa, sem qualquer supervisão — que tipo de império eu administraria se deixasse idiotas como você no comando? Simplesmente inaceitável.”

Os lábios escuros de Freeza se curvaram em um sorriso malicioso enquanto ele tomava outro gole de seu vinho, e Vegeta se imaginou pegando o copo e quebrando-o no rosto horrível e reptiliano de Freeza. Vegeta parou por um momento para saborear a imagem mental.

“Voduria era um risco,” Vegeta disse, mascarando sua fúria atrás de um tom frio e uniforme. “Deixar o planeta intacto teria sido um erro perigoso.”

“Essa decisão não foi sua, meu insolente pequeno Príncipe,” Freeza sibilou, tão perto que Vegeta pôde sentir a respiração de Freeza em sua orelha. De repente, a mão de Freeza envolveu a nuca de Vegeta, suas unhas pretas afundando na pele de Vegeta como garras. Vegeta tropeçou para frente quando Freeza começou a puxar Vegeta em direção à porta interna da câmara de descompressão.

“Agora, você vai seguir minhas ordens, como um bom macaquinho,” Freeza disse, gesticulando com sua taça de vinho na direção do prisioneiro na câmara de descompressão. Eles não conseguiam ouvir o prisioneiro deste lado da escotilha, mas para Vegeta parecia que ele estava meio ofegante, meio soluçando, muito enfraquecido pelos ferimentos para sequer ter esperança de escapar. “A câmara de descompressão está preparada. Tudo o que você precisa fazer é apertar o botão e... adeus, escória traidora!