Contaminação (KkakaVege) - | TRADUÇÃO |

Episódio

Foi o primeiro expurgo em meses que deixou Vegeta satisfeito.

Ele não suportava as missões onde suas habilidades eram desperdiçadas em mundos quase indefesos – muitas vezes ele era enviado em expurgos que pareciam mais esmagar insetos sob sua bota do que combate real. O massacre em massa fez pouco para saciar sua sede de sangue Saiyajin – simplesmente não havia honra na batalha se seu oponente se recusasse a travar uma luta decente.

Mas Alyquii, no que diz respeito aos planetas sitiados, certamente resistiu.

A armadura de Vegeta estava rachada, amassada e chamuscada, seu traje de batalha era uma colcha de retalhos de lágrimas por baixo. O sangue manchava sua pele, pingando e formando crostas em igual medida, e ele não tinha ideia de quanto daquilo era dele. Faíscas e cinzas caíram ao seu redor como neve enquanto a cidade ao seu redor queimava em brasas, corpos de aliquianos e seus colegas soldados espalhados pelas ruas estreitas. Em algum lugar, sob a névoa de adrenalina que ainda corria em suas veias, a dor pulsava em seus nervos, mas ainda demoraria um pouco antes que ele começasse a senti-la.

Seus ouvidos ainda zumbiam quando ele ouviu uma voz vindo de seu rastreador.

“Vegeta, eu voltei com Raditz...” A voz de Nappa. “—Eu consegui um abrigo, estou enviando as coordenadas agora, mas Raditz não está tão bem—acho que teremos que pedir uma cápsula de evacuação médica—”

“Ele tem sorte de não estar morto depois das acrobacias que fez,” Vegeta rosnou do outro lado do canal. “Felizmente para vocês dois, este quadrante foi limpo com sucesso. Comece a montar o acampamento e fique de vigia até recebermos mais instruções do comando da missão.”

"Entendido-"

Mas Vegeta já havia desligado o canal, desinteressado em qualquer outra coisa que Nappa tivesse a dizer.

Ele bateu novamente em seu scouter, folheando o feed de atualização. Pelo menos um terço de seu batalhão ficou em silêncio no rádio, considerado morto neste momento. Mas as perdas deles significaram pouco – a emboscada valeu a pena. A fortaleza militar mais importante do planeta foi reduzida a escombros, repleta de cadáveres que já foram os combatentes mais poderosos do mundo.

Vegeta olhou para o soldado a seus pés – foi o último guerreiro que Vegeta matou com sucesso quando as ondas finais da batalha terminaram. Ele olhou para Vegeta com olhos mortos e brilhantes que olhavam para cima do pelo vermelho e manchado de sangue, a boca bicuda aberta em um rito torturado, o pescoço dobrado em um ângulo horrível.

A criatura parecia bastante estranha, mas a morte tinha o hábito de parecer igual em todos os lugares.

Ao longe, Vegeta podia sentir seu estômago roncando enquanto examinava a criatura sob sua bota. De acordo com os exames preliminares de seu rastreador, os Alyquiians tinham uma bioquímica bastante semelhante à dele. Ele não pôde deixar de salivar enquanto se abaixava e levantava o soldado pela gola de sua armadura – esta noite, Vegeta teria a chance de jantar algo mais fresco do que qualquer coisa que suas insípidas rações militares tinham a oferecer.

Vegeta arrastou o corpo do soldado ao seu lado enquanto começava a se mover na direção das coordenadas que Nappa lhe dera. Texto e imagens percorreram seu scouter, linhas brilhantes de luz sobrepostas ao fogo e às cinzas que se estendiam em todas as direções ao seu redor. Novas ordens já estavam sendo filtradas pelo Comando de Missão: reagrupar. Mantenha o território conquistado. Aguarde ordens para iniciar a Segunda Onda. Blips pontilhavam o mapa sobreposto ao seu batedor: novos alvos, bases invictas para sitiar. Vegeta quase estremeceu de antecipação.