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Matheus Narrando

Todos observamos o Victor subir a escada em silêncio. Meu coração doi de ver toda essa merda, mas eu consigo bem disfarçar meus sentimentos, ja a Jéssica...

Ela se sentou no sofa desabando em choros. Nossos outros filhos correram ate a mãe para lhe abraçarem e lhe confortar.

Neguei com a cabeça e subi atras daquele moleque. Ele vai me ouvir e não vai ser pouco.

Eu odeio ver minha mulher chorando, isso acaba comigo, na moral.

Me de um tiro, mas não faça minha rainha chorar.

Cheguei em frente a porta do quarto do Victor e como eu imaginei estava fechada. Dei um soco, na mesma.

— Abre essa merda! — mandei ouvindo alguns barulhos la dentro do quarto. Não obtive resposta me deixando ainda mais furioso. — Eu vou quebrar essa porra! — avisei.

Sinceramente, eu não sei o que fiz de errado na criação do Victor. Ao meu ver, eu criei ele igualmente os irmãos. Sempre dando amor e carinho. Puxando a orelha quando necessário. Mostrando certo e o errado.

Podem falar o que for de mim...

Mas nunca que sou um péssimo pai.

Eu sei que sou um pai FODA.

Eu sempre dei o meu melhor para os meus filhos.

Por mais que o Victor nao seja meu filho de sangue, eu considero como se fosse e por muitas vezes ate esqueço que em suas veias correm o sangue ruim daquele desgracado.

Saio dos meus pensamentos com a porta se abrindo, ele abriu a porta e virou as costas deitando na cama tranquilamente.

— Qual a porra do seu problema? — perguntei entrando no quarto fechando a porta.

— Eu ja te respondi que meu problema é você. — respondeu me olhando friamente.

Engoli em seco.

Por que ele me odeia tanto?

Eu sempre dei meu melhor pra esse moleque!

— Você pode me odiar, mas sua mãe não tem culpa. Ela esta chorando pela sua falta de educação!

— Se fazendo de vitima, você quer dizer? — ele perguntou.

Puta que pariu.

Precisei usar todo meu auto controle para não socar a cara desse menino. Eu nunca bati nos meus filhos, mas porra, isso ja estava demais pra mim.

Aproximei-me dele tirando o controle do video game que ele segurava, joguei o mesmo na parede quebrando.

— Voce ficou louco? — gritou se levantando me peitando.

Jéssica que me perdoe, mas eu vou socar esse garoto.

Empurrei ele, segurando a gola de sua camisa o pressionando na parede.

Os herdeiros do morroOnde histórias criam vida. Descubra agora