10

104 4 0
                                    

Jessica Narrando:

— Eu tenho certeza que estou pagando todos os meus pecados com a Lua, Jessica. Cada pessoa que eu matei, cada banco que roubei. Tudo. To pagando tudo com juros! — Matheus dramatiza.

— Amor — tento acalma-lo. — Ja ouviu o ditado que todo homem safado tem filha mulher? — pergunto.

Matheus me encara com as sobrancelhas levemente arqueadas.

— Nao começa, Jessica! — ele resmungou cruzando os braços. — Se ela demorar mais um segundo, eu vou atras!

Suspirei e me levantei do sofá indo até a cozinha para pegar um copo de água para o meu marido.

A Lua também não facilita as coisas, sai escondido quase sempre... eu tento relevar porque eu ja tive a idade dela e sei muito bem como é essa fase, mas o Matheus esta a ponto de ter um ataque cardíaco.

Pego um copo no armário e encho de agua do filtro. Ouço a porta se abrir e ja apresso meus passos para a sala.

Lua entra em casa segurando seu tenis na mão direita e seus olhos pairam no pai sentado no sofa. Matheus encara a filha fuzilando ela com os olhos.

Me aproximo do meu marido lhe entregando o copo de agua, ele tenta negar, mas com apenas um olhar meu ele aceita o copo bebendo um grande gole da agua.

— Eu posso explicar!

Matheus nao disse nada, mas apontou para o sofá com a cabeça. Lua bufou, mas como ela sabia que estava errada, não reclamou e se sentou no sofa.

— De novo, Lua? — Matheus perguntou.

— Eu só queria me divertir, não fiz nada de errado...

— Se divertir — ele riu ironicamente — Você tem 15 anos, Lua. Não tem idade para ficar indo para bailes não. Quer se divertir? Vai para um cinema, comer um lanche com suas amigas...

Lua revirou os olhos.

— Revira esse olho pra mim de novo que vou te dar um retao só e você nunca mais vai fazer essa merda!

— Eu não fiz nada de errado — tornou a dizeer.

— Viu, Jessica? — se virou pra mim — eu to tentando ser paciente com essa garota como você mandou, mas ela não colabora. O que custa você admitir seu erro uma vez na vida? — perguntou furioso. As veias do seu pescoço estavam visíveis.

Matheus fica bravo porque a Lua não admite seus erros, mas quem conhece o Matheus sabe que ela é seu xerox. Igualzinha a ele em tudo. Aparência. Jeito. Tudo.

Lua cruzou os braços encarando o pai.

— Eu vou colocar contenção em você 24 horas por dia.

Lua arregalou os olhos e me olhou me pedindo socorro com o olhar.

— Nao adianta olhar pra tua mae nao, nem ela vai me fazer mudar de ideia!

— Isso é injusto. Eu nao sou uma prisioneira!

— Sobe pro teu quarto, antes que eu te mande para um internato!

Segurei a risada com a cara de espanto que a Lua fez. Mas ela pegou o tenis que estava ao lado do sofa e subiu as escadas rapidamente.

— Internato? — perguntei me sentando no colo do meu marido.

— Devia colocar numa escola de freiras, isso sim. — segurou minha cintura me dando um cheiro no pescoço.

— Ela seria expulsa no primeiro dia. Desvirtuaria as feiras em dois tempos. — falei.

Matheus me encarou sério e caímos na risada logo depois.

— Nao sei pra quem ela puxou desse jeito — ele resmungou me dando um beijo no pescoço.

— Jura que tu não sabe? — questionei.

— Nem vem. Eu não era assim!

— Era pior?

— To estressado pra caralho. Vem aqui me desestressar. — ele falou no meu ouvido me arrepiando.

Virei de frente pra ele colocando uma perna de cada lado do seu corpo. Segurei em seu rosto e iniciei um beijo que no começo foi calmo, mas aos pouquinhos foi tomando outras proporções. Quando me dei conta, eu ja estava cavalgando seu membro na sala.

— Porra, existe remédio melhor pra desestressar?

— Com certeza, não. — apertei minha intimidade contra seu membro.

— caralho, adoro quanto tu faz isso.

Matheus se levantou comigo em seu colo e me jogou no sofá sem tirar sem membro de mim. Ele começou a estocar forte em mim que gemia para ele ir mais rapido.

— Mais rápido, amor! — pedi manhosa — vou gozar.

— Goza, meu amor. Goza pro te homem, vai.

E ele não precisou dizer mais nada para que eu me entregasse ao orgasmo.

— Estou traumatizada! — ouco a voz da Lua e rapidamente me levanto junto com o Matheus que coloca as roupas em frente seu membro.

— Ta fazendo o que acordada? — perguntei.

— Vim beber água... Por Deus, por que vocês não usam o quarto? Agora eu vou ficar com esse trauma o resto da vida!

— Voce vai dar meia volta e voltar pro teu quarto. — Matheus falou sério.

— E minha agua? — ela perguntou.

— QUARTO! — falou firme. Ele ainda estava bravo com ela.

— AFFF — ela gritou. — eu só... — parou de falar ao notar o olhar do pai. — ta bom. Ta bom. To subindo. — levantou a mãos em forma de rendimento.

Observamos a lua terminar de subir as escadas e me afastei do Matheus para vestir minha roupa. Ele me agarrou novamente, mas eu neguei.

— Nao. — neguei — Vamos terminar no quarto, pelo amor.

Estamos juntos a 20 anos mas o fogo, o amor, continua o mesmo de quando nos conhecemos. Nada mudou e se mudou foi para melhor.

— Vamos, minha gostosa. — me deu um tapa na bunda e foi colocar sua roupa rapidinho.

Os herdeiros do morroOnde histórias criam vida. Descubra agora