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ℋoje Nabi estava disposta. Acordou cedo e até fez café. Mas toda sua animação se foi quando sua professora pediu uma tela para amanhã. Não que ela tenha problemas com criatividade, mas ela teria que pintar uma pessoa.
Seu ponto forte sempre foram paisagens e nada que envolve seres humanos. E o pior, não tinha tanto tempo.
- Eu vou enlouquecer desse jeito. - ela disse entrando na Move Entertainment.
- Falando sozinha, Park Nabi? - Han Seo-jun se colocou na frente dela e uma lâmpada se acendeu na mente da garota.
- Han Seo-jun, você é a minha salvação! - ela fala animada. - Ah, eu não trouxe meus materiais. Eu já volto!
- Mas... O que? - ele falou confuso vendo a mesma correr.
- Eu te explico melhor depois. - ela gritou por conta da distância e acenou.
- O que deu nela? - Seo-jun disse para si mesmo.
- Nela quem? - So-ho surgiu do nada.
- Park Nabi. - o Lee o olhou feio - Que foi?
- Não confio naquela garota. Ela apareceu do nada falando que era melhor amiga do Se-yeon.
- Ela é gente boa. E se parece com o Se-yeon. Eles tem a mesma personalidade.
- Mesmo assim. - ele olhou o relógio - Tenho que ver a Joo-kyung. Não vai ter gravação hoje?
- Não. Foi cancelada. - ele disse indiferente.
- Então tchau. - ele observou Lee So-ho ir embora e aquela onda de tristeza o atingiu novamente.
Ele começou a andar pelas ruas cheias de neve até que ouviu uma voz doce chamar seu nome. Logo a menor já estava ao seu lado ofegante.
- Tá. Agora me explica o porquê de eu ser sua salvação. - ele perguntou indiferente.
Ela começou a correr sem parar e Seo-jun não teve escolha a não ser segui-lá. Quando chegaram ele estava suado, ofegante e confuso. Ela o levou para um píer.
- Senta. - ela mandou.
- Na onde?
- No chão né. - ela cruzou os braços.
- Não, eu não vou sentar aí. - ela o encara - Tá bom.
Ambos se sentaram e a Park retirou seus materiais da ecobag.
- Relaxa. Você é modelo, não é? - ele assentiu - Então você está acostumado.
- Por que você ficou daquele jeito quando me viu? - ele quebrou o silêncio.
- É que eu preciso entregar essa tela amanhã - ela começou sem tirar os olhos da pintura - E eu não costumo pintar pessoas.
- E o que você pinta então?
Ela pensou um pouco e sorri.
- O mundo. - ela levantou os olhos rapidamente.
Ele ficou a analisando. Ela estava sempre sorrindo, tudo em si é alegre e ela trata a todos bem. Porém tem algo que seus olhos não conseguem esconder. Um sentimento oculto que ela guarda para si.
Seus pena foram cortados pela sua voz doce.
- Quando você vai debutar? - ela cortou o silêncio.
- Depois das gravações. - ele pensou um pouco - Você toca, né? Por que não se tornou trainee?
- Sabe, eu amo tudo que envolve arte. - ela começou - Pintura, desenho, música. Mas, eu não posso fazer de tudo. Então escolhi algo para me profissionalizar e resto eu digo que é hobby.
- Quando você decidiu que queria fazer artes visuais? - o rosto dela se iluminou.
- Acho que desde sempre. Quando eu era criança, todos diziam que eu seria modelo como a minha mãe e irmã. Todos diziam que eu teria um futuro brilhante. Mas eu soube que não seria isso quando eu senti algo inexplicável ao desenhar girassóis, algo que eu não sentia ao ver minha mãe nas passarelas. E eu me interessei por tudo. Fotografia, instrumentos, pinturas, tudo. Tudo isso me fascina. Então eu me decidi.
- Sobre pintar girassóis, isso é sério?
- Van Gogh. - ela disse como se fosse óbvio.
Eles ficaram conversando até o por do Sol, quando ela acabou. Seo-jun ficou impressionado. Nunca havia visto alguém com tanto talento como ela olhos tão brilhantes atrás de um quadro.
- Nossa, você é muito talentosa. - ele não conseguia tirar os olhos da pintura.
- Você foi minha inspiração. - eles trocaram olhares por um momento, até serem interrompidos por ela - Tenho que ir.
- Vou te acompanhar até sua casa.
🝮☆🝮
- Obrigado, Han Seo-jun. Você me ajudou muito. - ela disse em frente a sua casa. - E você é um ótimo modelo.
- É, eu sou. - ele jogou os cabelos e ambos riram. - Até semana que vem. Vão ser as últimas gravações.
- Até lá então.
Ela acenou e adentrou sua casa, vendo Seo-jun ir.
Até que seu telefone tocou.
- Alô?
- Alô, Park Nabi? - uma voz masculina disse.
- Eu mesma.
- Aqui é o Kim Min-ho. Estou te ligando para dizer que você começa amanhã.
Nabi deu alguns pulinhos e não conseguiu conter a felicidade.
- Ah, obrigado Sr. Kim. Obrigado mesmo. Vou me esforçar bastante. Até mais.
Nabi desligou e pulou em sua cama.
- Misty, eu fui contratada! Sou uma fotógrafa oficial! - ela se deitou olhando para o teto. - Eu não posso acreditar.
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