DREAM OR NIGHTMARE?, ellie williams

୧ 𝘌𝘐𝘎𝘏𝘛 | "EU TENHO TANTAS PERGUNTAS."

Balançava a caneta de um lado pro outro, batendo algumas vezes na mesa, olhava para as folhas em branco do caderno, as linhas sem nada escrito. Tédio. A única coisa que eu conseguia sentir, eu faria qualquer coisa pra me entreter e me tirar do tédio, ou pra ser mais específica, eu queria descobrir mais sobre Phantom.

Joguei a caneta sobre a mesa, frustada com o fato de não ter simplesmente nada pra fazer, nada pra estudar ou ler.  Até um pensamento vir em minha mente. Lembrei de um mapa que que Ethan guardava nos armários da cozinha, ele não o ultilizava, então não avia problema de pegar emprestado.

Ethan tava muito ocupados com as patrulhas, e outra que ele não se importaria.

Sai do meu quarto animada, gostando do fato de ter encontrado algo pra distrair minha mente. Desci os degraus das escadas, com um sorriso orgulhoso no rosto. Quando desci a escadaria, fui direto pra cozinha, procurando qualquer tipo de mapa. Eu não me lembrava onde ele guardou o mapa, mas uma coisa que eu sabia era que ficava na cozinha.

Enquanto abria várias gavetas de madeira, sendo a maioria vazias, umas delas, estava com o mapa lá dentro. Abri desesperadamente, com esperança de ter o maldito mapa ali. Meus dedos puxando a a gaveta de madeira pra fora, que rangeu com a agressividade.

Ali estava.

Meu sorriso se alargou ao ver o papel um pouco desgastado em minha frente, feliz em ter achado. O peguei cuidadosamente com as mãos, abrindo, só pra ver o mapa de Wyoming.

Procurei pela localização que a mulher de Phantom tinha falado e a risquei com caneta vermelha. Era longe.

Eu não estava esperando que eu fosse pra lá, estava?

Meus pensamentos foram interrompidos pelo som de umas voz me chamando, vindo do corredor.

── Lilith!?

A voz feminina e suave me chamou, me fazendo sair do quarto com pensamentos confusos.

Sair pra fora do quarto já foi o suficiente pra ver a figura parada em minha frente, era Dina. Seu cabelo preso em um coque desleixado, suas mãos cobertas por luvas, e seu corpo coberto por alguns casacos.

── Dina? Entrou aqui sem avisar? ── Franzi as sombrancelhas.

── Mil desculpas, eu simplesmente entrei. Mas é que, acho que você tem problemas.

Minha expressão tornava-se progressivamente mais confusa, minha mente girando com diversas conjecturas.

── Problemas? Que tipo de problemas?

── Não há tempo para explicar, apenas por favor, vem comigo.

── Ah, tudo bem ent...

Antes que eu pudesse completar a frase, Dina agarrou meu pulso, arrastando-me para fora de casa. Suas mãos firmes seguravam meus pulsos, seus passos eram apressados, a respiração entrecortada.

A tensão era evidente nos olhos de Dina, ela também estava claramente perplexa com a situação.

Enquanto nos aproximávamos dos portões, ouvíamos vozes altas, e à medida que nos aproximávamos, os sussurros se transformavam em:

“Lilith, ela está ali.”, ou outros como “Ela chegou.”

Logo, os murmúrios cessaram quando me aproximei.

Os portões de Jackson estavam abertos, e ao nos aproximarmos da multidão, as pessoas abriram um caminho, revelando Maria, Florence e um homem completamente desconhecido à frente.

Os olhares das pessoas ao redor fixaram-se diretamente nos meus olhos, criando uma atmosfera de constrangimento. O silêncio tornava-se ensurdecedor, e a tensão preenchia o ambiente.