୧ 𝘕𝘐𝘕𝘌 | DESCONTROLE

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Era inconfundível, foi Ellie Williams. Ela era a única capaz de fazer isso, só para me ver fervendo de ódio.

Agora, olho para o caderno destruído em minhas mãos, os pincéis quebrados no chão e as páginas arrancadas, como se arrancassem pedaços da minha alma. Coincidentemente, as páginas mais importantes desapareceram. Catherine, a "namorada" de Ellie, estava com minha mochila. Tudo se encaixava como se fosse um plano maquiavélico.

Talvez pudesse ser apenas uma série de coincidências, mas eu não conseguia acreditar nisso. Ellie tinha prazer em ver a dor dos outros, em zombar e humilhar. Eu sempre tentei ignorar, mas agora não dava mais. Ela ultrapassou todos os limites.

A ideia de confrontá-la passou pela minha cabeça, mas era tarde demais. A imagem dela rindo ecoava na minha mente.

E se ela leu as páginas roubadas? Será que agora eu seria motivo de piada em Jackson? O pensamento era insuportável.

Agarrei o caderno com força, sentindo milhares de possibilidades invadirem minha mente, cada uma mais desesperadora que a outra.

Um sentimento de paranoia me consumia, como se serpentes sussurrassem dúvidas e suspeitas nos meus ouvidos. Sorrisos falsos me cercavam, pessoas que eu confiava podiam estar mentindo para mim. Isso me fazia questionar minha própria sanidade.

Cada respiração era um sacrifício. Meus pulmões ardiam, eu podia sentir meus batimentos acelerando, era como se meu coração pudesse pular pra fora a qualquer momento. Era como se eu fosse morrer se não visse a dor, a angústia no rosto de Ellie. Era como se eu precisasse de gritos de angústia, como se aquilo me acalmasse.

Zumbidos preenchiam meus ouvidos, o mundo ao meu redor distorcendo lentamente.

Deixei o caderno cair, as mãos tremendo de raiva. Kara tentava falar comigo, mas sua voz se transformava em murmúrios inaudíveis, e logo, em silêncio.

Segui em direção à minha casa, a cada passo parecia que ficava mais difícil de respirar. Era como se o mundo desaparecesse ao meu redor, restando apenas a vontade de ver 𝘴𝘢𝘯𝘨𝘶𝘦.

Meus punhos cerraram com força, minhas unhas cravaram em minha pele com tanta força ao ponto de perfurarem minha pele. Minhas unhas cravadas na pele até sentir o sangue escorrer. Eu não sentia dor, só a sede de agressão.

Abri a porta com violência, o som estrondoso ecoando no vazio da casa. Meus passos ecoavam na escada enquanto subia em direção ao quarto, meu próprio sangue manchando o caminho.

Eu estava irracional, consumida pela raiva. Era claro como o dia.

Eu não podia socar o rosto de ninguém, muito menos sair gritando com todos. Talvez, a melhor opção tenha sido sair em silêncio, ou caso contrário, provavelmente o sangue de minhas mãos não seria meu próprio sangue.

Mas eu precisava tirar a raiva e a paranoia.

Então, sem nem pensar duas vezes, peguei uma folha de papel e um lápis, que estavam jogados na escrivaninha.

Minhas mãos ainda estavam ensanguentadas, mas eu não liguei, eu só queria tirar a raiva.

Comecei a rabiscar agressivamente na folha de papel. O sangue de minhas mãos sujou o lápis e a folha, mas isso não importava. Parecia que eu não tinha noção do que estava fazendo, o barulho do lápis rabiscando ecoava pelo quarto. Segurava o lápis com força e rabiscava o papel com agressividade. Pela força e agressividade, o lápis acabou quebrando ao meio. Farpas do lápis de madeira caíram sobre minhas mãos e mesa, logo, me dando conta do que estava fazendo.

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⏰ Última atualização: Feb 18 ⏰

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DREAM OR NIGHTMARE?, ellie williams Onde histórias criam vida. Descubra agora