O irmão das minhas amigas.(Concluída)

Sete:

🌼Bianca Vasconcelos:

De onde saiu toda essa gente?
Há rostos de tudo que é tipo.

As pessoas parecem estar saindo de formigueiros, pois não param de chegar. Há diversos carros parados ao longo da estrada. Eu vi pessoas chegando montado em cavalos. Quem vai numa festa montado num cavalo? Parece que as pessoas dessa região gostam dessa prática. Não foram nem um e nem dois.

—Vai ficar parada aí, feito um espantalho?—Jason passa por mim, segurando uma caixa com cerveja, quase me derrubando. Preciso segurar na pilastra, para não cair e passar uma vergonha no meio de todo esse pessoal.

—Animal.—O xingo. Ele nem se importa.

—Gatinha.—Diego se aproxima de mim. —Você está muito bonita, com todo respeito.

—Obrigada. E você não está nada mal.

Mesmo já sendo noite, está um calor agradável, então optei por não usar nada muito quente e nem que incomode a minha pele. Estou usando um short de alfaiataria e uma blusinha estilo croped, só que sem mostrar minha barriga. Nos pés, uma rasteirinha. Não sou maluca de usar salto num dia desses.

Teve gente que faltou um pouco senso.
Quase caio na gargalhada, quando vi uma menina chegar usando saltos altíssimos. Ela parecia não ter muita prática, pois enquanto atravessava a área de grama, o salto ia afundando e ela ia acumulando uma vergonha na conta. Fiquei com pena e ao mesmo tempo não. Queria chamar atenção? Conseguiu.

Até agora ela está perambulando por aí, tropeçando a cada metro e quase caindo. Parece que não tinha nenhuma amiga para avisar, antes de sair de casa.

—Perdida?—Cold surge de uma parte escura. Eu tomo um baita susto.

—Que merda.—Coloco a mão no peito, sem graças.

—Desculpa, princesa.

Eu odeio sustos.

—Você está bem?

—Estou.—Depois de quase ter tido um infarto, estou ótima.—Não faça isso de novo, por favor.

—Não farei. Foi sem querer.—Ele parece estar dizendo a verdade, pois murcha um pouco, sua expressão.

—Não precisa ficar com essa carinha.—Lhe dou um leve beijinho.

—Está gostando da festa?

—Tirando o fato de ter um pessoal com aparência duvidosa aqui, estou gostando.—Não estou tanto assim, mas tudo bem, não quero ser uma estraga prazeres.—E você?

—Ficou melhor agora, que achei você em meio a tanta gente.—Sorrio.—Quer beber alguma coisa? Ou comer?

—Não, obrigada. Sou fraca para bebidas.

—Duvido. Kate me falou que você aguenta vários shots de tequila sem nem se abalar.

—Ela mente.

—Ok.—Claramente não acredita em mim.—E algo pra comer? Você e sua família impregnaram churrasco na família Hunter. A churrasqueira está cheia.

—Depois eu vou pegar um espetinho lá.

—Queria ficar um pouco a sós com você.—Coloca um dos braços ao redor da cintura. Ele olha dentro dos meus. Posso arriscar dizer que ele já bebeu um pouco hoje. Há um leve cheiro de álcool, que eu não nego, me enjoar.

—Neste ambiente...—Gesticulo. Há dezenas de pessoas ao nosso redor. Em todos os cantos possíveis.—...eu acho muito pouco provável.

—É uma verdade.—Sorri. Noto como o canino dele se destaca. É um charme, assim como a covinha em uma das bochechas.—Quando estou perto de você, parece que todas as outras pessoas deixam de existir. É como se  a gente estivesse sozinho. Entende?