🌼Bianca Vasconcelos:
—Não vai ter problema mesmo, ele assistir com a gente?—Beth pergunta, apontando discretamente para o irmão.
—É só ele não começar com as gracinhas dele.
—As duas já podem parar de falar sobre mim, como se eu não estivesse escutando tudo?—Ele pergunta, cruzando os braços e rindo.
—Qualquer coisa, nós expulsamos ele.—Digo.
—Vai admitir quando que você me ama, Bianquinha?—Usa seu típico tom de cinismo. Ele me dá nos nervos. Tenho vontade de colocar a cabeça dele dentro de uma privada.
—Eu? Amar você? Que o sol congele.—Rio.
—Quanto mais você nega, mas eu gamo, gatinha.—Faz uma voz enjoativa. Típicas coisas baratas que homens falam quando querem comer alguém.
—Você poderia, por favor, não falar comigo? Obrigada.
—Vocês já vão começar logo cedo?—Cold me abraça pelos ombros, tirando minha atenção do pedaço de esterco ambulante, que agora me olha com uma cara de bunda.—Guardem as farpas para depois. Amor e amor, pessoal.
—Vamos gente, quanta demora.—Kate chama. Sei que ela já está quase sem paciência.
—Seu irmã que fica me irritando. Qualquer dia, vocês estarão chorando no velório dele.—O olho brava. O filho da mãe só ri. Ele se diverte com a minha irritação. Parece ser o seu passatempo preferido, me ver irada.—Babaca.
—Quando o filme começar, eu já comi toda essa pipoca.
Há uma segunda sala na casa. Nela, há várias poltronas, alguns pufs, além do sofá grande e confortável. Uma TV tela plana, imensa. Ótima para assistir jogos de futebol.
—Onde Diego está? Ele não vem?—Pergunto, quando me acomodo no sofá, na ponta. Beth e Kate o completa. Cold se senta numa poltrona, e Jason em outra.—Todo mundo aqui, menos ele.
—Beth que deveria saber. Só andam grudados.
—Eu? Por que eu? Não sou nenhuma babá dele.—Leva um colher cheia de sorvete na boca. Ela ama sorvete. Nos períodos de TPM, então.
—Gente, vocês estão violentos hoje. Vou me manter afastado.—Cold brinca e ri.
—Obrigada por se lembrar de mim. Sei que você não é falsa.—Diego entra, ofegante. Parece até que correu uma maratona.
—Quanto drama.—Cold revira os olhos.
—Estava aonde? Para estar ofegante desse jeito?—Beth questiona, deixando o sorvete de lado por um momento.
—Não estava te traindo, gatinha. Só dei uma pequena corrida, para chegar aqui antes de vocês começarem o filme sem mim.
—Pelo bem do seu pau, eu acho muito bom que você continue assim.
—Vamos assistir o quê?—Jason pergunta, muda de assunto.—Que seja tudo menos romance, ou aqueles dramas que eu sei que vocês gostam.
—Cala a boca.—Dizemos juntas.
Há filmes de romance que deixam meu coração quentinho. Uns de Natal, que são lançados todos os anos, são lindos. Já alguns de drama, me deixam com raiva da mocinha. Mocinha burra me deixa irada. Nem Jason me deixa com tanta raiva assim.
—Vejamos só, há um complô.—Ele diz.
—Jason, o que nós combinamos? Por favor.
—Mas eu não estou falando nada demais. Agora não posso nem abrir a minha boca?—Pergunta, cruzando os braços.—Todo mundo está aqui, e só eu seria colocado pra fora, como um cachorro pulguento? Quanta injustiça.
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O irmão das minhas amigas.(Concluída)
Ficção AdolescenteSeria apenas uma viagem divertida entre amigas, mas acaba se tornando muito mais que isso. Uma implicância entre os dois, que se transformaria em algo intenso, incontrolável.