Colors Of Life 2 - Versão Hosie

Capítulo 15 - Aquela noite da pizza

— Eu não sei como dizer isso aos meus pais. E se eles...

— Ei, calma ai querida. Não precisa se preocupar com eles, seus pais são as pessoas mais compreensíveis que eu conheço - Hope segurou nos ombros de Jenna. A mesma estava inquieta, depois de semanas, finalmente iria se abrir com seus pais sobre sua sexualidade. Não tinha dúvidas, gostava de meninas, e isso só lhe deu certeza depois que beijou Cristina.

[...] As duas estavam sozinhas em casa. Hope tinha saído com os gêmeos e Penélope. Enquanto Josie estava na cafeteria e Olívia dando um passeio com Nikolas.

Jenna estava inquieta deitada ao lado da japinha em sua cama enquanto assistiam Riverdale. Ambas estavam mais próximas, Cristina sentia o mesmo por Jenna, porém nunca disse à menina, pois tinha medo de estar confundindo as coisas, e acabar com a amizade que estava construindo com a morena. Jenna tinha a mesma linha de pensamento de Yoo.

Decidida a mudar isso, Jenna se virou para a amiga que sorria com uma cena,mas logo se virou ao sentir o olhar da outra sobre si.

— O que foi, Jen?

— Am... Nada - a mesma morde o lábio inferior desistindo. Jenna fixa seus olhos no teto. Cristina se aproxima. Respira fundo e coloca sua mão em cima da outra.

— Jenna? Queria fazer uma coisa.

— O q... - e antes que a pequena Salvatore-Kirby pudesse terminar sua frase, seus lábios foram calados com os lábios e Yoo colado ao seu. Eram apenas um encostar de lábios, mas era a melhor sensação para elas.

Jenna desgrudou seus lábios, ambas sorrindo. Aquele beijo falava por si só. [...]

— Tia Hopey - Jenna chamou antes que a jornalista se retirasse do quarto. - Obrigada por tudo.

— Não precisa agradecer, princesa - Hope sorrir deixando um beijo na testa de sua enteada.

Hope deixou o quarto com um sorriso nos lábios. Amava a relação que tinha com suas enteadas. Foi pro quarto dos gêmeos ajudar Josie a arrumá-los.

Landon tinha inventado a noite da pizza, que acontecia todas as sexta-feiras, cada semana era em uma casa e hoje era no apartamento do homem. Com tudo pronto, Hope, noiva e filhos saíram do apartamento, no caminho passaram em uma farmácia apenas para pegar um remédio para Josie.

— Meninas, vão pegar suas bolsas agora? - perguntou Josie pegando o bebê conforto de Lucca e Olívia pegou Luna.

— Pegamos depois - respondeu Olívia sorrindo para a irmã. Hope entrelaçou seus braços com o de Jenna e caminharam até o elevador principal.

A sala de jantar já estava toda arrumada para a noite, Amber e Landon receberam todas com um caloroso abraço e um de seus vinhos caros. À noite da pizza era uma maneira de unir a família, sendo assim eles mesmo faziam as pizzas. Apesar de toda a bagunça, tudo valia a pena, sorrisos, olhares e histórias eram compartilhadas por todos.

Hope tinha um dos gêmeos no colo, enquanto Amber tinha outro. As duas se davam super bem, pareciam amigas de anos. Olí conversava com Nikolas por vídeo chamada, o menino estava passando alguns dias na casa dos avós que moravam em Chicago.

— Olívia, diga tchau, e venha. - gritou Landon retirando a última pizza do forno.

— Cadê a Jenna? - perguntou a primogênita depois de encerrar a chamada. Josie e o homem torceram os lábios se fazendo a mesma pergunta. Tinha alguns minutos que a menina tinha saído para atender uma ligação, e não tinha voltado ainda.

— Vou ver se ela está no quarto - Landon deixou seu avental em cima da bancada, e caminhou até os corredores que levavam ao quarto das meninas. Ali era seus espaços.

O Kirby ia bater na porta quando escutou a filha sussurrando. Não era do tipo que escutava atrás da porta, mas paralisou quando escutou a conversa de sua caçula.

— Eu tenho medo de meu pai me rejeitar... Eu sei Cristina, mas sou a filha dele, e minha mãe é a ex, é mais fácil lidar com isso... Se ele deixar de me amar por ser assim, por gostar de uma pessoa do mesmo sexo que eu?

Ele não estava preparado para isso. Seu instinto foi dar meia volta. Tentava processar o que acabou de ouvir dos lábios de sua menininha.

— Achou ela? - perguntou Josie ao ver o ex-marido parado próximo a porta da sala.

— Am...acho que ela está no quarto. Deve estar bem - foi tudo que disse antes de ir até sua namorada.

Alguns segundos depois todos estavam sentados no tapete felpudo da sala comendo pizza, e bebendo. Os adultos vinho, e as crianças suco. Enquanto os gêmeos dormiam no quarto de suas irmãs.

A jornalista olhou para a enteada do outro lado do sofá e sorriu, a encorajando a fazer o que queria. Jenna, apertou a mão da mãe que estava ao seu lado, tomando o fôlego necessário.

— Mãe, pai, e Olí, eu tenho algo muito importante para contar pra vocês - começou a morena - não sei como dizer isso, nem se tem jeito, mas eu acho que... - pausa - acho não, tenho certeza.

Todos estavam atentos a menina. Era notório seu nervosismo. Landon já imaginava o que seria, e se perguntava qual seria sua reação.

— Eu gosto de meninas.

Silêncio.

— Fico feliz que uma de minhas filhas sejam lésbica. Melhor escolha, Jenna - brincou Josie prendendo o nariz fino da filha entre os dedos. A menina sorriu aliviada.

— A garota que tiver seu coração, será alguém de sorte - Olívia piscou para a irmã voltando a comer sua pizza. Jenna sorriu em agradecimento.

Seus olhos azuis foram para o pai que estava ao lado de sua madrasta, esse estava em silêncio. Essa era sua maior preocupação, ser rejeitada por seu pai, uma das pessoas que mais amava e admirava.

— Papai! Diga alguma coisa.

— Jenna, confesso que isso nunca passou pela minha cabeça. Não que isso seja um problema para mim, jamais te julgaria por suas escolhas. Eu te amo, e isso nunca vai mudar, apenas quero que você seja feliz.

O mesmo se arrastou até a menina a puxando para seus braços.

— Sempre será minha princesa. Conte comigo sempre - sussurrou com os lábios em seu cabelos negros e perfeitos.

— Obrigada, papai. Obrigada a todos vocês por serem a família mais perfeita - sua voz estava chorosa.

— Abraço em família - gritou Olí se juntando a eles no abraço. Hope, Josie e Amber se juntaram a eles com lágrimas nos olhos.

O amor que sentiam era maior que tudo, e nada mudaria isso.

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