Capítulo 8 - Aquele que elas são esposas

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O aniversário de Jenna finalmente tinha chegado. A mesma comemorou ele sem cólicas, dores no dentes, ou qualquer tipo de chateação. Foi uma comemoração pequena, por escolha sua, apenas alguns amigos íntimos, seus pais, madrastas - já que seu pai lhes apresentou a nova namorada seus avós paternos e as irmãs de seu pai (quatro tias) e suas madrinhas Penélope e Lizzie com a nova filha, Sofia de seis anos que era uma garotinha adorável. A guarda da menina tinha sido entregue às mulheres no dia anterior.

Foi uma noite agradável no salão alugado por seu pai. Jenna não tinha do que reclamar. Ganhou muitos presentes. E um celular novo de sua avó depois de meses reclamando do seu que nem estava tão ruim assim. Sua irmã lhe deu uma camiseta do novo álbum de Camila Cabello, a menina surtou com aquele presente e encheu a irmã mais velha de beijos deixando a moreninha toda babada.

Na semana seguinte Josie, e Hope procuram suas médicas como haviam combinado, escutaram atentas cada conselho da sábia mulher.

As duas estavam no carro depois de saírem do consultório da Dra Alice. Ambas estavam em silêncio paradas no estacionamento.

- Linda - chamou Hope ganhando a atenção da namorada. - Sabe, eu concordo com a Dra, tudo isso pode ser desgastante, e acabar afetando nosso relacionamento já que a porcentagem de conseguir engravidar é abaixo de trinta por cento.

- Então você já tem a sua decisão?

Hope assentiu com um sorriso pequeno nos lábios.

- Sim... - passou o cinto pelo corpo dando partida com o carro.

Hope dirigiu até a farmácia próxima do prédio. Precisava comprar alguns remédios que sempre usavam em casa, a maioria estavam acabando.

- Vou te esperar aqui - avisou Josie mexendo no som do carro. Hope assentiu batendo a porta do carro, abraçou o próprio corpo na tentativa de amenizar o frio.

Assim que pôs os pés dentro do estabelecimento aquecido, a mesma garota que a recebeu a dias atrás veio ao seu encontro sorrindo.

- Boa tarde, Srta. Pensei que não fosse te ver mais.

- Boa tarde. Tinha tantos estoques de remédios em casa, que nem precisei voltar. - sorriu sem saber o que dizer - Preciso de dorflex, dipirona, e algum remédio bom para cólica menstrual.

- Sou a solução para os seus problemas ruiva. Conheço um ótimo para cólicas. - piscou sumindo atrás do balcão de remédios.

Enfiou as mãos no bolso de seu casaco, estava tão distraída que nem viu a namorada entrar ali.

- A ruiva precisa de ajuda? - sussurrou no pé do ouvido da namorada lhe causando um pequeno susto. A morena tinha usado o mesmo apelido que a atendente tinha usado a poucos segundos "ruiva".

- Assustada amor? Devendo? - Jô cruza os braços encarando a jornalista.

- Claro que não, linda. Apenas me pegou distraída. - deixa um beijo em seu ombro. - Não ia me esperar no carro?

- la, mas preciso de água. To com muita sede. - sorriu feito uma criança sapeca.

- Aqui estão seus pedidos minha cliente favorita. - a garota cujo nome ainda desconhecido por Hope voltou com uma pequena cestinha na mão.

Josie que estava de costas para a mulher, se virou encarando a mesma dos pés a cabeça. Hope engoliu em seco sentindo a mão da outra tomar a sua de uma forma possessiva.

- Obrigada... - a Salvatore torceu os lábios esperando que a garota dissesse seu nome.

- Anne Fox

- Anne. Minha n.a.m.o.r.a.d.a e eu agradecemos - pegou a cestinha de suas mãos. - Amorzinho pegue minha água no freezer por favor - se virou para a ruiva que correu até o freezer próximo.

[...]

- Céus, agora parece que terei que ficar 24 horas grudada em minha mulher, porque é só eu virar as costas que uma novinha caia matando em cima. - reclamou Jô abrindo a porta de casa.

Hope riu agarrando a outra por trás. A casa estava em silêncio, era semana de natal, e as meninas estavam com o pai e passariam o natal por lá, e na virada do ano viajariam com as duas para Los Angeles, onde Hayley e os irmãos de Hope moravam.

- Não sabia que era sua esposa.

- Mas é, que patifaria - bateu em seus braços ainda abraçadas - não é porque não somos casadas no papel, que não somos esposas, Sra Salvatore.

- Você está certa, esposa -mordeu a pontinha de sua orelha finalmente a soltando.

Apesar dos resultados que tiveram na consulta médica, não se deixaram se abalar, o assunto filho estava resolvido entre elas, a decisão tinha sido tomada no caminho até a farmácia.

Prepararam o jantar depois de passarem o resto da tarde abraçadinhas no sofá vendo a série. Os dias se resumiram a isso, Hope estava de férias, a empresa estava fechada para as festas do fim de ano, e Josie como chefe se permitiu se afastar por um mês, merecia isso depois de se dedicar a sua cafeteria.

Era natal e passariam ali mesmo no apartamento, apenas as duas ouvindo música, jogando conversa fora e tomando vinho. Diferente do ano passado que passaram com Penélope e Lizzie que viajaram até Canadá para visitar a família de Lizzie, já que estavam loucos para conhecerem a adorável Sofia.

Depois de comerem, se sentaram no decker da sala. Apesar do frio, a noite estava linda. Neve caindo pela cidade, estrelas iluminando o céu, e os prédios decorados de pisca-pisca. Hope estava sentada no sofazinho com a morena no meio de suas pernas, e uma taça de vinho entre os dedos.

- Sabe o que eu estava pensando? - Josie vira um pouco o rosto pro lado para prestar atenção na namorada.

- No que?

- Que deveríamos mudar nosso status de namoradas para esposas. Quero te dar meu sobrenome.

Josie sorri apaixonada. Mais do que já era. Tira a taça da mão da mulher, e se senta em seu colo com uma perna de cada lado de seu corpo.

- E então, Josie Salvatore aceita se casar comigo?

- Claro que aceito. Futura esposa - sussurra com seus lábios colados.

- Tenho a mulher mais linda do meu lado. Te amo, e.s.p.o.s.a. - diz pausadamente apertando suas coxas.

- Te amo. Te amo. Te amo! - Josie enche o rosto da outra de beijos até chegar em seus lábios. Suga sua língua começando um beijo cheio de carinho e desejo. Amava aquela mulher como nunca amou antes. Amava cada pedacinho seu. Não tinha dúvidas que aquela era a mulher de sua vida.

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