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Uns dias mais tarde recebi uma carta, que dizia inevitável. Ele tinha morrido. Finalmente. Ao longo da carta falava em heranças, dos meus avós mãe e pai. Todo aquele dinheiro pertencia-me a mim. Afinal já não tinha de viver na rua, por dentro sentia-me feliz, como já não me lembrava de sentir há muito tempo. Mas eu não tinha idade para levantar aquele dinheiro tenho 16 quase 17 mas não tenho dezoito ou o melhor de tudo era ter 21 mas eu podia fazer uma identificação falsa em que mudava a minha idade para 18 pelo menos...ou podia pedir ao rapaz. Não eu não vou pedir-lhe para me ir buscar dinheiro ao banco. Estou a abusar da sua confiança. E é assim que se resolve o mistério do porquê de eu não ter amigos.

Quando dei por mim estava á porta dele.

- Hey.-eu disse

- Hey- ele respondeu, olhando para dentro do seu próprio apartamento.- Queres entrar?

- Ahh, sim pode ser...-eu respondi

Entrei como no outro dia estava tudo arrumado como se ele só mexesse na mochila para levar os livros para a escola ou nem isso, se calhar ele deixa lá os livros e leva a mochila por conveniência.

- Vou fazer alguma coisa para comer, queres alguma coisa?

- Não, obrigado, eu estou bem...

- Chá? Chá. - ele disse para si próprio e depois de uns minutos trouxe-me uma chávena de chá.

- Não devias...

- Está frio lá fora...-ele diz como se aquilo fosse justificar o seu comportamento- Então o que te traz cá ao meu humilde apartamento do lado?

- Eu queria pedir-te uma coisa...-ele olhou para mim um pouco desiludido.- Preciso que levantes este dinheiro no banco.- eu digo tirando a carta do bolso e aí os olhos dele arregalaram-se com os zeros que estavam no papel.- Por favor...

Ele ficou parado durante uns minutos, provavelmente a pensar sobre o assunto.

- Eu vou.- ele diz depois daquele tempo todo, mesmo depois de eu ter terminado o meu chá.

- A sério!?- eu pergunto

- Sim, é para isso que servem os amigos...-ele diz e sorri ao qual eu retribuo- Quando é que queres ir?

- O mais rápido possível

- Então vamos já...-ele diz levantando-se - Espera um bocadinho

Fiquei ali e ele foi a uma comoda tirando uma roupa e dirigindo-se para a casa de banho. Quando saiu, ele vestia um fato. Um fato a sério. O cabelo dele estava melhor penteado todo ele estava mais bem arranjado.

- Estou bem?- ele perguntou

- Sim, mas para quê o fato?

- Temos de dar credibilidade á coisa...- ele diz sorrindo

Eu sorri e abracei-me a mim própria por causa do frio.

- Toma...-ele diz dando-me um dos casacos dele.

- Não podemos perder tempo...

Saímos dali e eu fui ao meu apartamento apenas buscar uma mochila que serviria para trazer o dinheiro. Eu não queria cartões com juros e pessoas que eu não confio a guardar o meu dinheiro por isso seria todo posto dentro daquela mochila em notas.

Quando chegamos á entrada do banco, ele olhou para mim, com o seu cabelo loiro bem arranjado. Aí apercebi-me o quão alto ele era, ou então o quão baixa era eu. Dei-lhe a mochila. Ele sorriu.

- Ahh, já me esquecia. Toma. - ele disse tirando o piercing do lábio a dando-mo para a mão.- Guarda bem isso...-ele disse sorrindo.

Abracei-o em agradecimento pelo que ele estava a fazer por mim e ele entrou, deixando-me cá fora. Sentei-me num monte de neve e esperei.

Não tive de o fazer durante muito tempo pois ele voltou cerca de 20 minutos depois com a minha mochila agora cheia.

- Está todo aqui...-ele disse

- Obrigada, obrigada. A sério.

- De nada. Voltamos a andar para o Motel. Despedimo-nos e devolvi-lhe o casaco e ele deu-me a mochila.

Depois de enfrentar a minha porta entrei.

E apenas por curiosidade abri a mala para ver imensas notas agrupadas que me pertenciam.

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Entrei na escola como faço sempre, montes de pessoas conversavam em grupos, que dificultavam a chegada às salas de aula. Até que alguém começou a andar ao meu lado.

- Michael?

- Branca de Neve! Já não te via á muito tempo...

- Nem eu te via a ti.

- Ouvi dizer que o teu pai foi executado...

- Como é que sabes que era o meu pai?

- Tal como sei que te chamas Ella Snow.

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⏰ Last updated: Jun 25, 2015 ⏰

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Snow » Luke Robert Hemmings [HIATUS]Where stories live. Discover now