Acordo. | E. Fairmont
ATENÇÃO: Sexo com penetração, sangue, enforcamento e uma pitada de agressividade.
Você observa com atenção enquanto seus pais discutem com a protetora da serpente os termos de seu noivado, ou colocando em outras palavras, seu contrato com Elinor Fairmont, a filha mais velha de Margot e Sebastian, e a futura herdeira e protetora da serpente mãe. E é exatamente por isso que você terá de se casar com ela, pelo seu poder futuro. Sua mãe e seu pai pensam apenas nisso, poder. Seja ele em dinheiro ou não.
Você acabou de voltar de um colégio interno na Suíça, seus pais nem ao menos te disseram "bem vinda filha, sentimos saudade!" Não. Eles apenas te mandaram ficar calada e escutar. Você entende que no meio dos vampiros casamentos sem amor, por um contrato ou seja o que for, são normais. As famílias casam seus filhos com aqueles que consideram mais poderosos, aqueles que melhor irão honrar o sobrenome deles. Como os Fairmont, que a mais de dois séculos são a família encarregada de proteger a serpente mãe.
Seus pais não te explicaram nada, ou sequer apresentaram tais termos a você. É só agora, nessa conversa, que você está descobrindo as regras que terá de seguir quando casar com Elinor. A dita cuja está sentada ao seu lado, coberta por um vestido vermelho que combina com seu batom. Particularmente, você a acha muito bonita, sua pose é dura e autoritária, talvez levemente desconfortável com tudo isso. Pensa que ao menos passará a eternidade ao lado dela, e não ao lado de um homem qualquer.
– Exigimos sete herdeiros! – Você desperta de seus pensamentos ao que a voz de sua mãe preenche seus ouvidos.
Sete herdeiros? Sete filhos é um número alto demais, principalmente para você que nem ao menos pensava em ter filhos. Você pensa em intervir por um momento, mas se cala ao lembrar das palavras de seus pais, sabe o quão cruel eles podem ser quando você desobedece uma ordem deles, da última vez foi parar em um colégio interno rodeado por freiras e missas idiotas. E seus pais nem ao menos são cristãos, eles acreditam em Lilith ao invés de Jesus Cristo ou Deus. Foi uma punição de fato, indo contra os próprios princípios apenas para te torturar.
– Cinco. Três, se o primeiro for uma menina. – Davina impõe, o que faz suspirar levemente mais aliviada. Cinco, ou três, ainda não é de seu agrado, mas definitivamente é melhor que sete.
– E se os três primeiros forem meninos? – Sua atenção se volta para a mulher ao seu lado, sua pergunta é esclarecedora, ela sabe tanto quanto você, ou seja, nada.
– – Então vocês continuam tentando. É responsabilidade de vocês duas seguir a linhagem Atwood. – Davina determina, alternando o olhar entre você e Elinor, que a cada minuto que passa parece mais indignada e irritada com a situação.
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Imagines.
ChickLitViva o lesbianismo!!!! (Primeiro imagine que eu escrevo, vocês podem me fazer pedidos!!)