[39] Rotto

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" L'amore non fa male "

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O ômega sentiu um formigamento na ponta de seus dedos, e puxou o ar com certa dificuldade, até finalmente conseguir estabelecer sua frequência respiratória normal. Sentiu em seu tato a textura macia daqueles lençóis, que não se pareciam nada com os de sua cama. Permaneceu de olhos fechados, já que sentia algumas pontadas em sua cabeça, ficou quieto, e tentou se concentrar aos sons que eram emitidos ao seu redor. Pareciam distantes, vozes e passos, se misturavam com o barulho da brisa primaveril indo de encontro as janelas.

Aos poucos sua consciência foi lhe recordando, e com certa dificuldade seus olhos se abriram vagarosamente, incomodando-se com a claridade. A princípio enxergou apenas vultos, até que conseguisse focar na figura que estava em sua frente.

— M-Mãe...— chamou baixo, sentindo a voz fraquejar.

— Jin, meu filho. Graças a Deus. — ouviu sua mãe, em seguida sentiu a mesma segurar suas mãos e depositar um beijo em cada uma delas. Só então o ômega percebeu aonde estava, era o seu antigo quarto. Lentamente foi se lembrando do que havia acontecido, e de imediato levou suas mãos a sua barriga, percebendo então um acesso em um de seus braços, que estava ligado a um soro ao lado da cama.

— Meu filhote. — perguntou, sentindo a garganta arder assim como seus olhos. Os acontecimentos passavam-se como fleches em sua cabeça, e com certa dificuldade lembrou-se da poça de sangue abaixo de seu corpo, a dor, e de todo resto até apagar.

— Ele está bem. Você está bem, meu amor. Fostes tão forte, tão forte, mio bambino. — Seulgi falou chorosa, beijando sua testa.

— Como...como vim até aqui ?.

— Paolo mandou nos informar no mesmo instante do que havia acontecendo, não podíamos lhe manter mais naquela casa, querido. Graças a influência de nossa família, conseguimos contato com um dos hospitais da capital, eles nos enviaram uma ambulância de imediato. — falou calma, vendo o olhar do filho vagar pelo quarto. — Como está se sentindo ?. — Jin a encarou, e pensou por um instante.

— Dói. — sussurrou, sentindo as lágrimas quentes novamente. Chorar não era uma coisa muito agradável. — Dói muito, mãe. Dói demais. Bem aqui. — levou uma de suas mãos ao peito. Apertando o tecido daquela área. Só então notou que sua aliança já não estava mais em seu dedo.

— Me perdoe, querido. Perdoe a sua mãe por não poder lhe defender, por ter lhe feito passar por isso. — a ômega se abaixou, e chorou baixinho deitada em seu corpo. Se sentia tão fraco, que não conseguia se quer lhe abraçar. — Você não merece nada disso, filho.

— Não é sua culpa, mãe. Não é. — falou, vendo a mais velha enxugar o próprio rosto.

— Com licença. — alguém falou, entrando no quarto em seguida.

— Doutor, Ramires. Ele acabou de despertar. — Seulgi falou, dando espaço para que o medico avaliasse o mais novo.

— Olá, Jin. Sente alguma coisa de diferente ?. — perguntou, enquanto passava uma lanterna em seus olhos, checando seus níveis de orientação. Depois, o homem avaliou o acesso em seu braço, olhando para o soro em seguida.

O AcordoOnde histórias criam vida. Descubra agora